Manter exames médicos em dia pode colaborar com o diagnóstico precoce de doenças, o que ajuda a salvar a vida de milhares de pessoas. A conscientização sobre o câncer de pulmão, por exemplo, tanto entre fumantes quanto entre não fumantes, é essencial para melhorar as chances de recuperação.
O câncer de pulmão é o tumor maligno mais comum no mundo, com mais de 2,5 milhões de novos casos diagnosticados por anos, de acordo com organização Mundial da Saúde (OMS). Embora esteja fortemente associado ao tabagismo — responsável por cerca de 90% dos casos —, o número de não fumantes acometidos por esse tipo de câncer aumentou de forma alarmante nos últimos 20 anos.
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Segundo o oncologista Marcelo Cruz, em entrevista para o portal UOL, o aumento de diagnósticos em pessoas que nunca fumaram pode estar ligado a uma combinação de fatores ambientais e genéticos, além do fumo passivo. Ele aponta que gases radioativos, poluição do ar por fábricas e automóveis, queimadas e predisposição genética são alguns dos agentes que podem contribuir para o desenvolvimento da doença em não fumantes.
“São vários fatores que juntos podem elevar o risco de câncer de pulmão. E é importante ressaltar que a doença não afeta apenas idosos ou fumantes”, afirma o especialista.
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Sintomas para fica atento
Os sintomas de câncer de pulmão são frequentemente confundidos com sinais de outras doenças respiratórias, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os principais indícios incluem:
- Tosse persistente;
- Fadiga;
- Falta de ar;
- Dor no peito;
- Perda de apetite.
Esses sinais são comuns a outras condições pulmonares, o que leva muitos pacientes a buscarem ajuda médica somente em fases avançadas da doença, reduzindo significativamente suas chances de recuperação.
Diagnóstico e Tratamento
Entre os não fumantes, a descoberta do câncer de pulmão costuma ocorrer durante exames para outras condições, especialmente após a pandemia de COVID-19, quando o uso de exames de imagem, como raio-x e tomografia, se intensificou. Apesar de ser uma doença muitas vezes silenciosa em seu início, o rastreamento é possível por meio de exames de imagem preventivos. A tomografia de tórax de baixa dosagem, indicada anualmente para pessoas com histórico de tabagismo e idade acima de 55 anos, pode ajudar a identificar a doença em estágios iniciais, aumentando as chances de cura.
As opções de tratamento para o câncer de pulmão variam conforme o estágio e as características do tumor. As abordagens incluem cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, terapias personalizadas. A participação de uma equipe multidisciplinar — que pode incluir oncologistas, pneumologistas, cirurgiões torácicos e rádio-oncologistas — é fundamental para definir o melhor plano terapêutico e acompanhar o paciente durante todo o processo.
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