Com o isolamento social imposto pelo novo coronavírus, muitas pessoas desenvolveram transtornos de apetite e ansiedade, o que, associado à baixa atividade física, pode promover o aumento do peso. O receio do ganho de peso não é à toa e é bom lembrar que a obesidade já é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também um fator de risco para o Covid-19.
Uma pesquisa realizada no Brasil em Junho de 2020, por médicos e psicólogos, concluiu que quatro em cada dez pessoas ganharam peso durante a quarentena. E, segundo um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em março de 2020, quase 20% da população brasileira já era obesa anteriormente ao início da pandemia.
Cirurgião geral, Dr. Moacyr Campos afirma que os pacientes obesos apresentam restrição respiratória, o que pode agravar a insuficiência respiratória presente na grande maioria dos casos da Covid-19.
Apesar do maior acesso à cirurgia bariátrica como forma de tratamento para a obesidade, os pacientes têm de percorrer uma jornada bem definida na busca de alternativas não cirúrgicas para perda de peso e melhoria da qualidade de vida. Confira abaixo os principais tipos de cirurgia e as diferenças entre elas.
Gastrectomia Vertical
“Este procedimento retira de 70% a 80% do estômago do paciente restringindo a quantidade de alimento que a pessoa pode ingerir, por conta da redução do volume gástrico”, explica o especialista. A cirurgia também implica na redução da produção do hormônio associado à fome (grelina), mas sem prejudicar a absorção de cálcio, ferro e vitaminas.
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Banda Gástrica
Essa cirurgia coloca uma válvula inflável ao redor da parte mais alta do estômago, para criar uma câmara onde o alimento é coletado, diminuindo o espaço do estômago. O médico comenta que a maior vantagem deste método é a reversibilidade do procedimento, que também é pouco invasivo. Mas vale uma ressalva: é contraindicado para pacientes que sofrem com hérnia de hiato volumosa e refluxo gastroesofágico.
Bypass Gástrico
O by-pass gástrico diminui o volume do estômago e desvia o alimento ingerido da porção inicial do intestino delgado, reduzindo a absorção de carboidratos e gorduras.
O especialista explica que a intervenção cirúrgica é uma opção ao tratamento com indicações específicas, segura, com tempo de internação muito curto e uma recuperação pós procedimentos rápida. “Assim, o paciente com acompanhamento ambulatorial multiprofissional garante a manutenção de peso adequada e qualidade de vida”. Ele acrescenta que manter uma vida saudável é o foco e o maior valor entregue no uso adequado deste procedimento cirúrgico.
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