De 10% a 25% da população brasileira sofre com asma, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) que diante do coronavírus faz o alerta: pessoas com asma não são mais propensos a contrair covid-19, porém, caso sejam infectados, a chance de ter o quadro de saúde agravado é maior.
“É muito importante não interromper o tratamento da asma. Em caso de dúvida, o paciente deverá pedir auxílio e orientações ao seu médico assistente”, alerta Dr. Flavio Sano, presidente da associação.
Tratamento
A base do tratamento de asma é com corticosteroides inalatórios para controle da inflamação broncopulmonar, redução de sintomas e exacerbações.
“Essas medicações não devem ser abandonadas, nem tampouco retiradas do tratamento do paciente com asma. O uso regular e correto de medicações inalatórias deve ser preconizado independente da circulação do coronavírus”, informa o especialista.
Durante as exacerbações, o uso de corticosteroide oral em doses preconizadas deverá ser utilizado com parcimônia e sob orientação médica. A ausência de controle da inflamação na asma pode promover exacerbações graves e morte por asfixia em um subgrupo de pacientes.
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O corticosteroide sistêmico tem sido utilizado em pneumonias graves por coronavírus com resultados conflitantes. Em estudos observacionais o uso de corticosteroide em doses baixas ou moderadas tem beneficiado pacientes com lesão pulmonar aguda e reduzido a inflamação causada pela infecção viral. Entretanto, não existem evidências de que o uso de corticosteroide oral reduza a mortalidade por pneumonia ou choque séptico causado pelo coronavírus.
É importante ressaltar que o uso de nebulizadores deve ser feito com restrições, isso porque eles são potenciais fontes de contaminação. Estudos de culturas de microorganismos em máscara e copos de nebulizadores utilizados em pacientes com fibrose cística mostraram proporção significativa de nebulizadores contaminados (71%) por microrganismos potencialmente patogênicos. Pacientes com asma deverão utilizar seus dispositivos inalatórios, em aerossol dosimetrado ou inalador de pó, de forma individual, sem compartilhamento. Quando possível, o uso de nebulizadores em serviços de urgência deve ser evitado.
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