A produção desenfreada de lixo e as consequências desse acúmulo para o planeta são o ponto de partida do espetáculo “Excesso: até onde a vida suporta?”. A peça será apresentado no Teatro Municipal de Ananindeua, nesta quinta-feira (30), às 19h, com entrada gratuita. A montagem é resultado do projeto de pesquisa CirculAÇÕES em Arte, vinculado à Universidade Federal do Pará (UFPA), e propõe uma reflexão sobre a forma como o ser humano lida com o consumo, o descarte de resíduos e os impactos sociais e ambientais gerados por essa cadeia.
Na encenação, o público é convidado a ver o lixo não apenas como um resíduo material, mas como um símbolo das contradições da sociedade contemporânea. O espetáculo chama atenção para a destinação incorreta dos resíduos e o despejo irregular de materiais em mares e rios, problematizando também o modo como essas práticas afetam o equilíbrio ambiental. Além disso, a obra aborda o drama humano presente nos lixões, onde milhares de pessoas sobrevivem entre restos e rejeitos, vítimas de um sistema que valoriza o consumo e ignora as consequências da desigualdade social.
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O trabalho chega às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será sediada em Belém neste mês de novembro. A proximidade do evento reforça o caráter político e ambiental da peça, que busca provocar uma discussão sobre o consumo exagerado e a falta de responsabilidade na gestão dos resíduos. Entre os temas que serão abordados, está o problema da produção excessiva de plásticos e microplásticos, materiais que além de poluir o meio ambiente, também já estão presentes na alimentação humana e representam um risco à saúde.
Para a diretora geral e artística do espetáculo, Larissa Chaves, discutir o tema do lixo é também tratar das múltiplas camadas da crise climática. “Quando a gente fala de mudança climática, a gente tem que pensar em vários elementos porque é um assunto muito complexo com diferentes camadas e uma dessas camadas é a gestão dos resíduos sólidos. Hoje, o plástico é um dos elementos mais produzidos e nós já temos tantas outras alternativas de materiais biodegradáveis para substituir a utilização. Esse é só um exemplo”, afirma.
Segundo ela, a arte tem um papel fundamental para despertar consciência e mobilizar o público em torno de práticas mais sustentáveis. A diretora destaca ainda que o espetáculo busca incentivar uma mudança de postura no cotidiano das pessoas. “É preciso que a gente amplie esse debate para começar a questionar mesmo essa cadeia de produção, de consumo e de descarte, porque isso vai reverberar na destruição do ambiente prejudicando seres humanos, nossa fauna e nossa flora”, ressalta Larissa Chaves.
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Serviço:
Espetáculo “Excesso: até onde a vida suporta?”
- Data: 30 de outubro de 2025
- Horário: 19h
- Local: Teatro Municipal de Ananindeua (Parque Cultural Vila Maguary, Av. Cláudio Sanders, 3360)
- Entrada: gratuita
- Instagram: @circulacoesemarte
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