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‘Amazônia em Rede’ valoriza produções audiovisuais LGBTI+

Projeto prevê a realização de sessões de exibição de curtas-metragens, além de oficinas e minicursos para produtores

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Imagem ilustrativa da notícia ‘Amazônia em Rede’ valoriza produções audiovisuais LGBTI+ camera O projeto foi selecionado pelo Edital de audiovisual da Lei Paulo Gustavo | Divulgsação/Amazônia Em Rede

Novas telas, ideias e formas de produzir e expor para quem vive o audiovisual. Com foco nos produtores LGBTI+, o projeto Amazônia em Rede busca ampliar espaços alternativos de mostra e formação em audiovisual na região amazônica.

Realizado por artistas independentes, o projeto prevê a realização de circuitos de formação e a seleção de produções em curta-metragens sobre vivências LGBTI+ na região amazônica, que serão expostas em sessões de exibição em diversos espaços de Belém. As inscrições começam nesta sexta-feira (17).

Para o coordenador do projeto, o designer e estudante de artes visuais Gabriel Jhonatta, o Amazônia em Rede nasce da necessidade de descentralizar as oportunidades do eixo centro-sul. “Assim como eu, no passado, não encontrava oportunidades, o Amazônia em Rede nasce com o objetivo de ser essa oportunidade, de ser um lugar que não obriga a pessoa a sair da sua cidade, mas de ser justamente um projeto na Amazônia e que vai de encontro a essa galera que mora na periferia, comunidades e interiores”, conta.

Em sua primeira edição, o projeto potencializa o trabalho de artistas e comunicadores locais e estimula produções em formato popular, levando em consideração o cenário regional da Amazônia. Para isso, será desenvolvido em duas fases: formação e exposição.

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Por serem áreas caras para se produzir, ao oferecer toda a programação de forma gratuita, o Amazônia em Rede também rompe com a necessidade de se ter dinheiro para atuar nessas áreas.

“Precisamos quebrar a bolha de eventos e projetos tradicionais, que são muito importantes e tem sua contribuição, mas tem outra galera que também quer produzir e adentrar aos espaços, que quer ser referência”, complementa o coordenador Gabriel.

Oficinas e palestras

A primeira fase do projeto consiste em uma série de minicursos sobre os mais diversos temas que envolvem o audiovisual, como roteirização, fotografia, filmagem e edição. Os minicursos, assim como todo o projeto em si, são voltados para pessoas LGBTI+, promovendo um espaço de troca de experiências e vivências que vão além da simples formação.

“Quando pensamos o Amazônia em Rede, idealizamos que ele fosse capaz de nos incluir na cena local e de fato subverter uma lógica da produção cultural na Amazônia em que os amazônidas não são protagonistas, mas protagonizados por outros. Poucos são os que de fato impulsionam a sair da grande bolha, porque até isso é difícil”, ressalta o diretor artístico do projeto, Matheus Campos.

Seleção de curtas

Na segunda fase do projeto, será promovida uma seleção de curta-metragens com temáticas relacionadas às vivências LGBTI+ na Amazônia, que serão expostos em espaços urbanos alternativos em Belém.

A ideia é que novos ambientes possam ser utilizados e transformados em salas de cinema e exibição, aproximando as pessoas que normalmente não têm acesso a esses espaços.

Além disso, a seleção também valoriza as produções audiovisuais que já estiveram em curso na região, difundindo esses conteúdos que, muitas vezes, também não ganham espaço nas grandes telas de cinema.

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“A Amazônia é marginalizada, as pessoas LGBTI+ são marginalizadas, e a população LGBTI+ que vive na Amazônia é mais marginalizada ainda. Então o projeto tenta alavancar as nossas produções e promover a nossa emancipação”, finaliza Gabriel.

As submissões de curta-metragens iniciam na próxima sexta-feira, 17 de maio, e o resultado será divulgado no dia 08 de junho. Já as inscrições para os minicursos, iniciam no dia 20 de maio, de forma on-line e gratuita. As vagas são limitadas à lotação de cada turma.

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