
Com a Copa do Mundo de 2026 se aproximando, um impasse diplomático entre Brasil e Estados Unidos pode virar um verdadeiro cartão vermelho para milhares de torcedores brasileiros.
A tensão entre os governos dos dois países ganha novos contornos com a possibilidade de o presidente Donald Trump, novamente no poder, restringir a emissão de vistos para brasileiros, inclusive durante o mundial de futebol.
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A medida, segundo informações apuradas pelo analista de internacional Lourival Sant’Anna, da CNN Brasil, teria como objetivo desgastar o governo brasileiro perante sua população, somando-se a outras ações como o aumento de tarifas comerciais.
O alerta ficou mais evidente após uma missão de senadores em Washington receber vistos com prazo de permanência drasticamente reduzido, levantando suspeitas sobre uma eventual escalada restritiva.
Silêncio estratégico da Fifa e da CBF
A Copa de 2026 será histórica por ser a primeira com 48 seleções e terá sedes divididas entre Estados Unidos, México e Canadá. Ainda assim, o silêncio predomina entre as principais entidades do futebol.
A Federação Internacional de Futebol (Fifa) não se pronunciou até o momento, o que não surpreende, considerando a proximidade entre o presidente da entidade, Gianni Infantino, e Donald Trump.
No Brasil, a CBF adota postura de cautela, mas já estuda a possibilidade de articulações com o Governo Federal. Fontes da entidade afirmam que os interesses dos torcedores serão prioridade e, se necessário, haverá negociações para garantir que os brasileiros possam apoiar a Seleção in loco.
Precedente diplomático preocupa
O possível veto a brasileiros não é inédito na política americana sob o comando de Trump. Em seu mandato anterior, ele assinou uma proclamação que proibiu a entrada de cidadãos de diversos países, incluindo o Irã, que também está classificado para a Copa de 2026. A decisão, na época, foi justificada como medida de segurança nacional.
Apesar de um discurso recente de Gianni Infantino prometendo boas-vindas a torcedores internacionais, o vice-presidente americano, JD Vance, adotou um tom mais rígido ao afirmar que os visitantes “devem voltar para casa” após os eventos.
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A preocupação se estende além do futebol. Os Estados Unidos também sediarão a Olimpíada de 2028, o que mantém os olhares do mundo sobre a condução diplomática do país durante o novo governo Trump.
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