O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) elegeu, sozinho, 468 vereadores (583.122 votos no total) no pleito municipal deste ano, o que representa 26,68% do total de 1.754 vereadores eleitos nos 144 municípios paraenses. Somam-se a esses vereadores, mais 83 prefeitos também eleitos pelo partido no primeiro turno, o que representa 58% do total de prefeituras paraenses. Os números não deixam dúvidas: o MDB é a maior e principal força política do Estado atualmente e será decisivo para as eleições majoritárias de 2026.
Os vereadores do partido tiveram excelentes votações por todo o Pará, inclusive obtendo as maiores bancadas de vereadores e as maiores votações em vários municípios.
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Dos 8 municípios da Região Metropolitana, o MDB saiu com as maiores votações em 5: Belém, Marituba, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará e Castanhal. Em Belém, maior e mais importante colégio eleitoral do Estado, o partido elegeu 9 dos 35 vereadores, a maior bancada da casa.
Vereadores emedebistas também foram campeões nas votações em cidades importantes como Abaetetuba, Santarém, Tucuruí, Canaã dos Carajás, Cametá, Mãe do Rio, Salinópolis, Jacareacanga, Rio Maria, Tomé-Açu, Uruará, Vigia, Xinguara, entre outros.
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Ministro das Cidades e presidente do diretório estadual do MDB, Jader Filho comemora a performance eleitoral e reforça que os números aumentam mais a responsabilidade do partido. Segundo ele, a legenda sai maior da eleição municipal no Pará. “Hoje cerca de 140 prefeituras estão na base de apoio do governador Helder Barbalho e o MDB conquistou, sozinho, mais de 30% das prefeituras e 27% do total de vereadores do Estado. É um resultado fantástico!”, contabiliza.
Os números, afirma Jader, refletem a maturidade da grande maioria da população paraense que soube reconhecer todo o trabalho de parceria feito pelo Governo do Estado e o Governo Federal que resultou na qualidade de vida nas cidades onde vivem. “O governo do Helder e do presidente Lula trouxeram nos últimos anos grandes obras e investimentos importantes em várias áreas para vários municípios, como moradia, mobilidade e infraestrutura urbana”, lembra.
Jader ressaltou que o MDB trabalha duro desde o final do primeiro turno para eleger Igor Normando e José Maria Tapajós no segundo turno em Belém e Santarém, respectivamente. São duas das cidades mais importantes do Estado e que ampliarão ainda mais a influência da legenda no Estado.
O ministro avalia que nem Belém nem Santarém vão querer se isolar. Segundo Jader a população quer parcerias que melhorem suas vidas, nas áreas da saúde, educação, segurança pública e trazer para as cidades mais políticas para as crianças, idosos e mulheres.
“E isso só será plenamente possível com parcerias entre os municípios, o Estado e o governo federal. Quanto mais pudermos nos unir na construção desse projeto do novo Pará iniciado desde a primeira gestão do Helder, mais ganhos a população terá. De um lado temos candidaturas de trabalho, de união. Do outro temos o isolamento, pessoas que não sabem dialogar. Tenho certeza que a população do Pará, majoritariamente, não quer isso”, aponta.
EM NÚMEROS
- A partir de janeiro do ano que vem, o MDB vai administrar a vida de 3.366.877 paraenses nas 83 cidades que elegeram prefeitos da legenda, o que representa cerca de 42% do total da população do Estado (8.121025 habitantes) segundo o último levantamento do IBGE.
- E esse número pode aumentar em mais 1.635.345 habitantes, caso a legenda saia vitoriosa no segundo turno em Belém (1.303.403 habitantes) e Santarém (331.942 habitantes), primeiro e terceiro municípios com maior população do Estado. Tanto em Belém como em Santarém os candidatos do MDB lideraram o primeiro turno, com Igor Normando (44,89%) e José Maria Tapajós (49,71%), respectivamente.
- Os municípios de Cachoeira do Arari e Óbidos tiveram como candidatos vencedores Jaime Barbosa com 9.533 votos (61,28%); e Jaime Silva com 19.452 votos (60,95%), respectivamente, mas as candidaturas estão sub judice. Caso as eleições em segundo turno e as sub judice se confirmem, o número de municípios vencidos pelo MDB chegará a 85 ou 59% do total de 144 municípios.
Eleitores reconhecem o trabalho do governador Helder Barbalho
O cientista político Márcio Ponte lembra que o MDB, mais uma vez, bate seu próprio recorde em números de prefeituras e vereadores, e isso se deve a um cabo eleitoral privilegiado e reconhecido em todos os 144 municípios: o governador Helder Barbalho. “Alia-se a esse contexto a presidência do partido exercida por Jader Filho que, desde 2022 é ministro das Cidades e um dos mais importantes assessores do Presidente Lula que, por sua vez, é amigo de longa data do senador Jader Barbalho”, ressalta.
Sair da eleição controlando um terço dos municípios paraenses e mais de um quarto do total de vereadores eleitos, diz Ponte, demonstra a força do partido. “Sem dúvida os munícipes reconheceram nas obras e políticas públicas entregues, resultado da articulação entre governo do Estado e governo federal”.
Nesse contexto, diz o especialista, que também é sociólogo e presidente do Instituto Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Amazônia, é muito provável a eleição do também emedebista Igor Normando para governar Belém na eleição em segundo turno para administrar a cidade no ano da COP 30, que será realizada na capital.
“Faz muito tempo que não se vislumbrava na política belenense um prefeito tão alinhado com os poderes estadual e federal. O mesmo raciocínio serve a disputa em segundo turno em Santarém entre José Maria Tapajós e JK do Povão, respectivamente, aliado do governo estadual e federal e o outro de orientação bolsonarista”, prevê.
Com a COP 30 e o volume de investimentos e obras que já estão acontecendo na capital e região metropolitana, e as que ainda serão executadas, uma boa gestão na capital será cartão de visitas para as Eleições 2026, onde Helder e o MDB terão mais um caso de sucesso para fazer seu sucessor ou sucessora, cacifando o governador a disputar uma vaga no Senado, ou mesmo a de ser candidato a vice-presidente da República numa eventual chapa de reeleição de Lula.
Se Helder tem índices de aprovação que batem 80%, pondera Márcio Ponte, tem todas as possibilidades de se manter como o grande cabo eleitoral de 2026 em uma eleição onde ele mesmo será artífice e candidato. “Se daqui a dois anos o quadro se mantiver como está hoje, Helder deve fazer seu sucessor para dar continuidade aos números atuais e manter o Pará na vanguarda do desenvolvimento sustentável para a Amazônia e mesmo para o Brasil”.
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