Antes de virar estatística, operação ou número de processo, o crime organizado costuma se esconder onde menos chama atenção: em planilhas, transferências bancárias e patrimônios que não condizem com a renda declarada. É nesse terreno silencioso, onde o dinheiro fala mais alto que as armas, que a Polícia Civil decidiu agir. Na manhã desta segunda-feira (15), a ofensiva ganhou nome, alvo e dimensão interestadual com a deflagração da Operação Origo, voltada ao combate à lavagem de dinheiro ligada a uma facção criminosa de atuação nacional.
A ação resultou no cumprimento de mandados de prisão e de 10 mandados de busca e apreensão domiciliar em Belém, capital do Pará, e em Fortaleza, no Ceará. Duas pessoas foram presas, apontadas como principais articuladoras da movimentação financeira da organização criminosa, investigada por crimes de lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa.
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Além das prisões, a Justiça determinou o sequestro de um imóvel em Fortaleza e o bloqueio de R$ 14 milhões, valores considerados provenientes das atividades ilícitas do grupo. As medidas buscam asfixiar financeiramente o núcleo decisório da facção, atingindo diretamente sua capacidade de operação.
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ENGRENAGENS FINANCEIRAS
A Operação Origo foi coordenada pela Divisão de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), vinculada à Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR), com apoio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE). A ação ocorreu de forma integrada com a Polícia Civil do Ceará, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO/PCCE).
Segundo o delegado Fausto Bulcão, titular da DECOR, a investigação teve como foco as engrenagens financeiras da facção. "A ação policial teve como objeto a investigação de crime de lavagem de dinheiro proveniente da prática dos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa, referente às movimentações financeiras do núcleo decisório de uma facção criminosa com atuação a nível nacional", explicou.
OUTROS INVESTIGADOS
Ainda de acordo com o delegado, um dos investigados foi preso no bairro do Barreiro, em Belém, enquanto uma mulher foi detida em Fortaleza. As investigações continuam para identificar e localizar outros envolvidos no esquema criminoso.
Os presos foram encaminhados às unidades policiais locais e permanecem à disposição da Justiça, enquanto a Polícia Civil dá sequência às apurações para aprofundar o rastreamento do patrimônio e das conexões financeiras da organização.
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