
Em um enredo que mais parece roteiro de filme, as investigações revelaram que nem sempre as vítimas são o que parecem. Às vezes, quem clama por socorro pode ser também o autor do golpe, deixando um rastro de medo e confusão para aqueles que acreditam na falsa narrativa.
A Polícia Civil do Pará, por meio da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos e Antissequestro (DRRBA), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), prendeu em flagrante um homem na última sexta-feira (10), em Marituba, acusado de extorsão e de violência psicológica e patrimonial, conforme previsto na Lei Maria da Penha.
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Segundo informações da unidade especializada, o caso veio à tona a partir de uma denúncia inicial que indicava o homem como vítima de um sequestro após sair para trabalhar como motorista de aplicativo. A esposa do homem recebeu mensagens do próprio marido exigindo R$ 35 mil para a suposta liberação, com as ameaças se intensificando até que a mulher registrou a ocorrência na Seccional Urbana de Mosqueiro na manhã de sexta-feira (10).
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"VÍTIMA" SEGUIU ROTINA NORMALMENTE
"No decorrer das investigações, as equipes da DRRBA identificaram inconsistências nas informações repassadas, constatando que o homem não havia sido sequestrado e encontrava-se na Região Metropolitana de Belém, exercendo normalmente a atividade de motorista de aplicativo”, explicou o delegado Augusto Potiguar, diretor da DRCO.
Foi descoberto que o suspeito estava se passando pelos sequestradores, usando seu próprio telefone para enviar mensagens à companheira e extorquir dinheiro, simulando um crime que nunca ocorreu. Monitorado pelas equipes da DRRBA, ele foi localizado e preso em flagrante na BR-316, em Marituba, ainda em comunicação com a esposa pelo aplicativo.
O homem foi conduzido à sede da DRRBA, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante pelos crimes de extorsão e de violência psicológica e patrimonial, permanecendo à disposição da Justiça.
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