
O avanço das tecnologias digitais tem proporcionado benefícios à sociedade, mas também abre espaço para práticas criminosas cada vez mais sofisticadas. No ambiente virtual, grupos organizados se aproveitam da agilidade das plataformas financeiras para criar esquemas de fraudes que desafiam autoridades em todo o país. Foi nesse contexto que, na manhã da última terça-feira (9), uma operação policial resultou em prisões no sudeste do Pará.
A Polícia Civil do Pará (PCPA) deu apoio à Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) durante a execução da operação "Specchio", voltada a desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes digitais e uso de identidades falsas. Em Marabá, dois homens foram presos e cinco mandados de busca e apreensão cumpridos.
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Segundo informações, a ação contou com a participação da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC), com o suporte de suas divisões operacionais e do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), por meio do NAI de Marabá. As investigações apontaram que os suspeitos identificados no Pará eram responsáveis por cadastros fraudulentos em plataformas digitais, além da assinatura eletrônica de documentos de cessão de créditos com identidades falsas e uso de imagens manipuladas.
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MANIPULAÇÃO DE IMAGENS E "DEEPFAKE"

Para dar aparência de legitimidade aos crimes, o grupo utilizava recursos de manipulação de imagens, como o "deepfake", associando suas próprias faces a documentos falsificados. Esse método permitia abrir contas em instituições financeiras digitais e movimentar valores ilícitos.
As autoridades detalharam que o esquema envolvia mecanismos complexos de lavagem de dinheiro. Estima-se que cerca de R$ 1 milhão tenha sido desviado. Após a prática, os recursos eram pulverizados em contas bancárias de diferentes titulares, espalhadas por várias regiões do país, sempre por meio de transferências via PIX, o que dificultava a rastreabilidade.
As equipes policiais permanecem em ação conjunta para identificar os demais integrantes do grupo. Os dois presos em Marabá foram encaminhados à delegacia local, onde passaram pelos procedimentos legais e agora estão à disposição da Justiça.
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