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REBOQUE IRREGULAR

Dona Lourdes II: defesa se posiciona sobre reflutuação 

A embarcação, que fazia transporte de forma irregular, naufragou em Cotijuba, Belém, no dia 08 de setembro de 2022, deixando 22 mortos.

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Imagem ilustrativa da notícia Dona Lourdes II: defesa se posiciona sobre reflutuação  camera Dorivaldo Belém, advogado de defesa de Meri Souza e Marcos Oliveira. | Divulgação

Recentemente, o naufrágio ocorrido na Ilha de Cotijuba, Belém, em setembro de 2022 ganhou nova repercussão após a embarcação naufragada ser retirada ilegalmente do rio. A tragédia deixou 22 mortos.

Na época, foi informado que a embarcação fazia o transporte intermunicipal de maneira irregular e não tinha lista de passageiros.

O motivo na nova repercussão foi o reboque irregular da estrutura. Segundo comunicado, a Capitania dos Portos, responsável pela autorização do serviço, disse que não teve conhecimento da decisão. A proprietária, Meri Souza, poderá ser multada.

Sobrevivente dá novos detalhes do naufrágio em Cotijuba

A lancha, que foi retirada do local onde havia afundado, seria levada para Abaetetuba, nordeste paraense. Porém, afundou novamente devido a fortes chuvas e maresias durante o trajeto.

Dorivaldo Belém, advogado de defesa de Meri Souza e Marcos Oliveira, relatou que Meri decidiu fazer a reflutuação por achar que não seria ilegal. “A proprietária informou que não achava que teria problemas em rebocar o que restou da embarcação, porque a Marinha do Brasil havia dito que não iria fazer o serviço de reflutuação. Ela fez o que foi possível, ia tentar recuperar o que restou" disse Dorivaldo.

Ele afirmou que a dona da embarcação está a disposição das autoridades para mostrar, se necessário, o novo local em que o barco afundou.

O advogado das vítimas do naufrágio emitiu um pedido de prisão contra Meri Souza e Marcos Oliveira, piloto da lancha. A defesa de Marcos afirma que o pedido é desnecessário, pois o piloto não tinha conhecimento da decisão do reboque.

“Marcos não tem culpa e nem influência na decisão de retirar a lancha do local. Ele não estava presente, então, o pedido de prisão é algo desnecessário e sem cabimento.” finalizou Dorivaldo.

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