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CÁRCERE, TORTURA E MAUS-TRATOS

Freira é indiciada pela morte de 10 idosos em asilo de MG

Investigação apura casos de tortura, cárcere privado, omissão de socorro, exercício ilegal da medicina, curandeirismo, falsidade ideológica e homicídio em casa de repouso na cidade de Divinópolis; entenda!

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Imagem ilustrativa da notícia Freira é indiciada pela morte de 10 idosos em asilo de MG camera Casos chocantes aconteceram no asilo Vila Vicentina Padre Libério, na cidade de Divinópolis, oeste de Minas Gerais. | Reprodução

A terceira idade é uma fase da vida compreendida dos 60 anos adiante. Neste período, muitas mudanças ocorrem no corpo, inclusive uma maior vulnerabilidade a doenças e quadros graves. Por esta razão, é fundamental redobrar cuidados.

No entanto, em uma casa de repouso de Minas Gerais, os idosos que viviam no local passaram por momentos de risco e 10 deles acabaram morrendo em meio à negligência e crimes de variadas espécies.

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Uma investigação da Polícia Civil de MG indiciou 15 pessoas suspeitas de envolvimento em casos de tortura, cárcere privado, omissão de socorro, exercício ilegal da medicina, curandeirismo, falsidade ideológica e homicídio dentro da casa de repouso Vila Vicentina Padre Libério, na cidade de Divinópolis, no oeste do estado.

O principal nome que chama a atenção das autoridades é da freira Adelaide Dantas, de 54 anos, que atuou como diretora do asilo por oito anos, entre 2015 e abril de 2022. Ela foi indiciada formalmente no último dia 18 de janeiro.

Sete técnicos e auxiliares de enfermagem também foram indiciados por maus-tratos, cárcere privado e tortura, sendo este último crime imputado a outros funcionários da entidade.

Segundo denúncias de pessoas que trabalharam na instituição, ouvidas pela equipe de reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo, era comum ver cenas de horror como idosos amarrados em macas, ato que deixava marcas na pele, além de ferimentos sem tratamento, baldes que serviam de banheiro e quartos com grades e cadeados.

INVESTIGAÇÃO

A investigação, que teve início em abril de 2022, ouviu dezenas de pessoas e recolheu diversos documentos dentro do asilo, os quais foram levados para análise.

Um destes materiais era o livro de ocorrências dos plantonistas, onde eles relatavam diariamente o que ocorria dentro da casa de repouso. A peça deve ser a chave para comprovar os crimes cometidos.

Em uma das anotações, um plantonista descreveu o caso de uma idosa residente no asilo. "Foi trazida para a enfermaria com dificuldade para respirar, cianótica (pele azulada)", iniciou.

"Foram feitas manobras de primeiros socorros e ela foi levada para o leito, com pressão alta e nível de oxigenação baixo, a idosa morreu horas depois", concluiu. Em outra anotação, é descrito mais um idoso com saturação de oxigênio baixa. Ele acabou morrendo na madrugada do dia seguinte.

As investigações apontam que ao menos 10 idosos faleceram por conta da omissão da irmã Adelaide Dantas. Ela, que possui registro profissional de enfermeira, acumulava a função de diretora da instituição e também de médica.

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