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Bolsonarista usou modo de facções para comprar armas

Mercado ilegal de armanetos tem abatecidos arsenais bélicos de facções criminosas, narcotraficantes e milícias, além de terroristas políticos, como George Washington de Oliveira Sousa, preso em Brasília no último sábado (24).

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Imagem ilustrativa da notícia Bolsonarista usou modo de facções para comprar armas camera Armamento apreendido com empresário bolsonarista em Brasília (à esquerda) e armas do Comando Vermelho apreendidas em operação do Rio de Janeiro (à direita). | ( Divulgação )

As mudanças nas diretrizes de compra de armamentos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), fizeram explodir os números de o número de licenças para armas de fogo, que subiu 473,6% de 2018 a 2022, segundo dados do Anuário de Segurança Pública divulgado. No período, o número de registros subiu de 117.467 para 673.818 até 1° de junho deste ano.

Alterações nas leis, feitas nos últimos quatro anos, têm enriquecido principalmente os arsenais bélicos de facções criminosas, narcotraficantes e milícias, além de terroristas políticos, como o preso em Brasília no último sábado (24), que confessou ter planejado um ataque para causar o caos na Capital Federal.

De acordo com a Policia Civil do Distrito Federal, o empresário paraense George Washington de Oliveira Sousa, tem registro de caçador, atirador e colecionador (CAC), porém as armas encontradas com ele são provenientes do mercado ilegal, mesmo metodo ultilizado por facções criminosas como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC), para obter armas para atividades criminosas.

Terrorista diz que Bolsonaro o incentivou a ter armas

"Ele é CAC, porém tudo que encontramos está fora das normas. Sendo assim, ele será autuado por porte, posse ilegal de armas de fogo, munição e artefatos explosivos e por crime contra o Estado democrático de direito", revelou o diretor geral da PCDF, Robson Cândido.

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FACÇÃO COMPRAR ARMAS LEGALMENTE

Em agosto deste ano, um fuzil 5.56 foi comprado por um membro da facção criminosa PCC, que conseguiu obter um certificado de registro de CAC do Exército mesmo tendo uma ficha corrida com 16 processos criminais, incluindo cinco indiciamentos por crimes como homicídio qualificado e tráfico de drogas.

O documento foi expedido em junho de 2021, já na gestão do presidente Jair Bolsonaro. Após receber o registro de atirador, o homem comprou, além do fuzil, duas carabinas, duas pistolas, uma espingarda e um revólver. O valor das armas supera R$ 60 mil.

Ao todo, o Brasil registra 4,4 milhões de armas de fogo em estoques particulares. Nesse cenário, a cada 3 armas de fogo registradas, 1 está em situação irregular. São 2,8 milhões em acervos particulares com registros ativos.

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