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REPERCUSSÃO NACIONAL

Deputada eleita pede que CRM investigue médico bolsonarista

O médico filmou a mãe deitada na maca, vulnerável, e perguntou se ela iria votar no Bolsonaro. Ele também já publicou uma foto em que é pedida a morte de Dilma.

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Imagem ilustrativa da notícia Deputada eleita pede que CRM investigue médico bolsonarista camera Bolsonarista, o médico publica em suas redes que "os satânicos e satanista votam 13" e se calou sobre as 4 tentativas de assassinato que Roberto Jefferson cometeu e os ataques à ministra Cármen Lúcia. | Reprodução/ Facebook

No último sábado (21), um vídeo postado pelo obstetra Allan Rendeiro, foi bastante comentado nas redes sociais. Nele, o médico assedia um casal, em plena sala de parto, para votar no candidato à Presidência Jair Bolsonaro, no 2º turno da eleição, no próximo dia 30 de outubro.

+ Médico bolsonarista intimida pais na hora do parto em Belém

+ Médico paraense: pai de bebê se posiciona sobre o caso

A vereadora de Belém e deputada estadual eleita, Lívia Duarte (PSOL), formalizou um pedido de investigação administrativa do caso ao Conselho Regional de Medicina (CRM). Diz o médico no vídeo, que após viralizar, foi apagado: "Eu sou Gael, já nasci 22 e vou votar no Bolsonaro. Eu vou começar a reclamar aqui no hospital para diferenciar o negócio do pai, eles botam uma roupa vermelha. O doido não vem dizer que vai votar no Lula [...] rapaz tu quer que eu vá já embora e nem opere ela?", comenta sobre o pai do bebê. Em seguida, ele filma a mãe deitada na sala de cirurgia, em situação de vulnerabilidade, e pergunta se ela vai votar no candidato Bolsonaro, mas a vítima dá um sorriso sem graça.

No ofício, Lívia observa que a conduta do médico incorre na prática de tentativa de coagir alguém a determinado posicionamento político, ora classificada como assédio eleitoral ou político, que é considerada crime pelos artigos 299 e 301 do Código Eleitoral Brasileiro.

Em seu perfil no Facebook, o médico já publicou esta foto, pedindo a morte da ex-presidente Dilma Rousseff:

"Apesar de banalizados, casos de abuso, assédio ou má conduta dentro da área da saúde, envolvendo profissionais ou pacientes, não deveriam ser minimizados. A banalização leva à impunidade, e a impunidade traz o sentimento de que o ato é permitido e de que não haverá consequências práticas ou palpáveis para o agressor", diz a vereadora no ofício.

O caso teve bastante repercussão e foi noticiado por vários veículos de imprensa nacional, dentre eles Carta Capital, Mídia Ninja e revista Fórum.

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