Quem vive no Pará já conhece o ritual de sair de casa com sol forte e, minutos depois, ser surpreendido por uma chuva intensa e repentina. Com o início do verão no Hemisfério Sul, neste domingo (21), vale separar a sombrinha e apostar no chinelo antes de encarar as ruas. Na Região Norte, a estação não vem acompanhada de tempo seco, mas do chamado inverno amazônico, período marcado por chuvas frequentes, alta umidade e calor constante.
De acordo com a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os próximos meses devem registrar volumes de chuva acima da média histórica em grande parte do Norte do país, além de temperaturas mais elevadas. O cenário reforça a combinação típica da Amazônia nesta época do ano, como de praxe pancadas intensas, principalmente no fim da tarde e início da noite, acompanhadas de sensação térmica elevada.
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Clima varia dentro do Pará
No Pará, o comportamento do clima apresenta diferenças regionais. A previsão indica que o centro-sul do estado deve enfrentar temperaturas acima da média climatológica. Já o sudeste paraense aparece como exceção, com expectativa de chuvas abaixo do normal, situação semelhante à prevista para o Tocantins.
No norte do Pará, assim como no Amapá e em Roraima, as temperaturas devem permanecer próximas da média histórica. Ainda segundo o Inmet, estados como Amazonas, Acre e Rondônia também devem registrar temperaturas médias acima da normal climatológica, com desvios que podem chegar a 0,5 °C ou mais.
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Calor, umidade e chuvas rápidas
A combinação entre calor e alta umidade favorece a formação de nuvens carregadas e mudanças rápidas no tempo. O Inmet alerta para a possibilidade de chuvas intensas, acompanhadas de ventos moderados a fortes, descargas elétricas e, em casos pontuais, queda de granizo.
Esses fenômenos são comuns durante a fase mais instável do clima e exigem atenção da população, especialmente em áreas urbanas, onde alagamentos e transtornos no trânsito costumam ocorrer.
Norte concentra maiores volumes de chuva
Enquanto o Norte deve concentrar alguns dos maiores volumes de chuva do país, o cenário climático varia nas demais regiões. No Sul, a previsão é de chuvas acima da média em todos os estados, com destaque para áreas do Rio Grande do Sul. Já no Nordeste, predominam precipitações abaixo da média, especialmente na Bahia e em partes de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. O centro-norte do Maranhão e o norte do Piauí, por outro lado, podem registrar volumes próximos ou acima do normal.
Ao longo da estação, os maiores acumulados de chuva devem ocorrer nas regiões Norte e Centro-Oeste, com totais que podem variar entre 700 e 1.100 milímetros. Esses volumes estão associados à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema responsável pelas chuvas na Amazônia, e da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que influencia o Centro-Oeste e o Sudeste.
O inverno amazônico
Na Amazônia, a percepção das estações do ano é diferente do restante do país. O chamado inverno amazônico ocorre, em geral, entre dezembro e maio e representa o período mais chuvoso da região. Apesar do nome, não há frio intenso: as temperaturas seguem elevadas, mas a maior nebulosidade e a umidade constante alteram a sensação térmica.
É nesse período que os rios começam a encher, a paisagem ganha tons de verde mais intensos e o cotidiano da população se adapta ao ritmo das chuvas, que, como todo paraense sabe, muitas vezes chegam sem avisar.
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