A vassoura-de-bruxa é uma praga fúngica que ameaça a cultura da mandioca no Pará, com potencial para devastar plantações e prejudicar a economia local. Inicialmente identificada nas proximidades do Parque do Tumucumaque, na divisa com o Amapá, a doença vem se espalhando e preocupa autoridades e produtores.
Para enfrentar essa ameaça, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) realizou, nesta terça-feira (16), uma reunião virtual com autoridades e especialistas. O objetivo foi atualizar as informações sobre a situação e definir ações para controlar a propagação do fungo nas lavouras de mandioca, fundamentais para a economia do estado.
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O principal desafio identificado durante a reunião foi o aumento do tráfego de pessoas e materiais vegetais durante as festas de fim de ano. Esse período de maior movimentação pode acelerar a disseminação do fungo, especialmente por meio de embarcações e outros meios de transporte entre os estados vizinhos.
De acordo com representantes da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará), ainda não existem substâncias químicas capazes de erradicar completamente o fungo. Por isso, o controle do trânsito de mudas e outros materiais vegetais é considerado essencial para conter a propagação da praga.
A promotora Ione Missae da Silva Nakamura, coordenadora do Núcleo de Questões Agrárias e Fundiárias (NAF), ressaltou a importância da atuação preventiva nas áreas de competência estadual e municipal. Ela destacou que o MPPA atuará como mobilizador para garantir que os órgãos públicos cumpram com o papel de vigilância fitossanitária. "O MPPA atuará como força mobilizadora para garantir que o poder público cumpra seu papel de vigilância fitossanitária", afirmou.
Durante a reunião, a pesquisadora da Embrapa, Elisa Ferreira Moura, levantou a necessidade de maior articulação entre os níveis municipal, estadual e federal. Segundo ela, a falta de um plano de ação coordenado pode comprometer a resposta rápida e eficiente à emergência fitossanitária provocada pela praga.
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Ainda durante o encontro, os técnicos da Emater sugeriram como medidas imediatas o plantio consorciado e a produção de mudas saudáveis em ambientes controlados. Também foi enfatizada a importância de levar informações para as comunidades indígenas e tradicionais, localizadas perto das áreas afetadas, com materiais traduzidos para as línguas nativas.
Por fim, a promotora Ione Nakamura assegurou que todos os materiais técnicos e a memória da reunião serão compartilhados com os órgãos envolvidos, fortalecendo a articulação institucional e garantindo a eficácia das ações de campo para combater a vassoura-de-bruxa no Pará.
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