Capital oficial do Brasil entre os dias que estão sendo realizados a 30ª edição da Conference Of The Parties - COP30 - Belém se tornou também - literalmente - "centro do mundo", não apenas pelas discursões climáticas que estão sendo realizadas, mas também em razão ao constante número de visitantes que diariamente chegam de todos os cantos do planeta. A todo instante, centenas de pessoas circulam pelas ruas da capital paraense visitando os pontos turísticos e um dos que mais chamam a atenção é a Estação das Docas.
Conhecida por ser um dos principais cartões-postais de toda a Região Norte do Brasil, a Estação das Docas simboliza a transformação urbana, econômica e cultural da capital paraense. Localizada às margens da Baía do Guajará, a área reúne restaurantes, bares, teatro, lojas e espaços de convivência, preservando a memória histórica de um período marcante para a região. A Estação das Docas, além de representar a história e o presente vibrante de Belém, também reforça a necessidade de preservação ambiental.
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No final do século XIX, o local funcionava como um porto estratégico durante o auge do ciclo da borracha. Os galpões portuários eram ponto de entrada de mercadorias importadas, especialmente vindas da França e da Inglaterra, quando Belém se consolidava como um dos centros econômicos mais importantes da Amazônia. Com o declínio econômico ao longo do século XX, os galpões perderam função, mas ganharam nova vida no ano 2000, quando foi inaugurada a Estação das Docas.
O projeto de revitalização transformou a área em um complexo turístico integrado, reunindo gastronomia, cultura e lazer. Desde então, tornou-se destino obrigatório tanto para moradores quanto para visitantes da capital. O pôr do sol sobre a Baía do Guajará se destaca como um dos maiores atrativos do espaço. No fim da tarde, a paisagem amazônica emoldura o horizonte e proporciona uma experiência única, valorizando ainda mais o patrimônio natural e histórico da região.
Importância ambiental e alerta global
A Baía do Guajará, que cerca a Estação das Docas, compõe um importante ecossistema aquático da Amazônia. Em escala global, oceanos e rios desempenham papel vital ao absorver cerca de 31% do gás carbônico liberado por atividades humanas, além de atuar na regulação térmica do planeta. Entretanto, dados da ONU acendem um sinal de alerta: todos os dias, o equivalente a 2 mil caminhões de lixo cheios de plástico é despejado em rios e mares.
O Brasil, quarto maior consumidor de plástico do mundo, contribui significativamente para esse cenário preocupante. Se o ritmo atual continuar, estima-se que, em 2050, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. E com a preservação ambiental sendo a principal pauta neste período, a Estação das Docas acaba se tornando um lembrete diário de que beleza e sustentabilidade precisam caminhar juntas para garantir o futuro dos ecossistemas amazônicos e do planeta.
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