
No sábado (18), a Polícia Federal (PF) retornou ao apartamento onde Marcello Carvalho, de 24 anos de idade, foi morto durante uma operação policial da Polícia Federal no bairro do Jurunas, em Belém, para realizar uma reconstituição do crime. O objetivo da ação foi reconstruir, passo a passo, os acontecimentos do dia da morte do jovem e confrontar as versões apresentadas pela corporação e pela família da vítima. Novas provas foram coletadas no local.
Marcello Victor Carvalho de Araújo, formado em educação física e auxiliar administrativo na Polícia Civil, era filho de uma escrivã da corporação. Ele foi morto com dois tiros pela Polícia Federal no último dia 08 de setembro. A versão oficial da PF alega que o jovem "reagiu à abordagem", o que teria motivado a ação letal. No entanto, a família refuta essa versão e garante que Marcello não resistiu à prisão.
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Presença de autoridades e novos detalhes nas investigações
A reconstituição foi acompanhada por peritos da Polícia Científica do Pará, representantes do Ministério Público Federal (MPF), advogados da família de Marcello e policiais federais que participaram da operação. A família de Marcello optou por não acompanhar o procedimento. Membros da Associação dos Escrivães da Polícia Civil também estavam presentes para garantir a transparência da ação.
A reconstituição é mais uma etapa das investigações sobre a operação policial que resultou na morte de Marcello. Na quinta-feira (16), uma nova perícia foi realizada no apartamento, a pedido do MPF, com a presença do Procurador da República, Sadi Flores Machado. De acordo com a tia de Marcello, Ana Carolina Carvalho, essa foi a segunda perícia no local, sendo a primeira realizada pela própria PF no dia da operação.
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A operação contra Marcelo Pantoja e a morte de Marcello
A morte de Marcello ocorreu em uma operação da PF contra Marcelo Pantoja Rabelo, conhecido como "Marcelo da Sucata". Pantoja, namorado da mãe de Marcello, estava no apartamento e foi preso durante a ação policial. Ele já havia sido detido anteriormente por envolvimento em crimes graves, como o comando de um grupo de extermínio e o atropelamento de um policial militar.

Em nota, a PF afirmou que o mandado de prisão foi cumprido com sucesso e que "o alvo da operação reagiu à prisão", mas não divulgou detalhes sobre o incidente. A investigação segue em andamento, com a polícia e a família de Marcello em busca de respostas sobre as circunstâncias que levaram à morte do jovem.
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