
Após meses de impasse na condução do processo eleitoral da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), a Justiça Federal determinou que a instituição volte a organizar a consulta pública que define os nomes para a lista tríplice destinada à escolha do próximo reitor ou reitora.
A sentença foi proferida pela juíza Maria Carolina Valente do Carmo, da 5ª Vara Federal, após reunião com representantes da Associação dos Docentes da UFRA (Adufra). A magistrada se baseou em decisão anterior do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no Agravo de Instrumento nº 1019283-50.2025.4.01.0000, que já havia determinado a retomada da consulta pública.
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Com a decisão judicial, a atual interventora da UFRA, Janae Gonçalves, que está à frente da instituição em caráter temporário, terá que organizar o processo eleitoral que respeite os trâmites legais e democráticos. Além disso, que deverá contar com participação da comunidade acadêmica, que envolve os professores, técnicos e estudantes.
A Justiça estipulou ainda um prazo de 10 dias para que a universidade comprove a abertura do procedimento necessário para elaborar a nova lista tríplice, que deve ser encaminhada ao Ministério da Educação (MEC).
A ação da Justiça vem em resposta justamente à ausência de consulta pública anterior, o que gerou críticas por parte da comunidade acadêmica e de entidades representativas devido ao que eles consideram como falta de transparência no processo eleitoral da instituição.
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Com o escoamento do prazo de 60 dias determinado judicialmente para a organização da eleição, a cobrança por maior transparência e legalidade nos processos internos da universidade ganha força, em um momento em que outras instituições federais também enfrentam questionamentos semelhantes sobre a autonomia universitária.
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