
Nos dias 29 e 30 de setembro, O Instituto Bicho D'água realizou a Oficina de Definição de Critérios para Translocação, Soltura e Avaliação de Plantel de peixes-boi do Estado do Pará.
O evento ocorreu no Museu paraense Emílio Goeldi, e na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém e contou com a participação de profissionais do meio ambiente e representantes do Governo, Sociedade Civil Organizada e Universidades. A ação foi promovida no âmbito do Projeto de Conservação de Peixes-Boi, realizado pelo Ibama e pela TGS, e que onta com o apoio do Governo do Estado do Pará, e conduzida pelo Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM).
"O alinhamento, a troca de conhecimentos e a integração das equipes das diversas instituições é fundamental para a preservação dos peixes-boi", afirma Renata Emin, bióloga e presidente do Instituto Bicho D'água.
Durante a abertura do encontro, o Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) do Pará, Rodolpho Zahluth Bastos, elencou as iniciativas do Governo do Estado e da SEMAS em prol da conservação do peixe-boi.
"Temos atuado junto com a iniciativa privada no sentido de fortalecer a estruturação de espaços de conservação da espécie. Temos atuado também no resgate desses animais, em diversas regiões do estado do Pará, em parceria com o Graesp – grupamento aéreo da Polícia Civil –, que destina os aviões que fazem o resgate dos animais, em parceria com todas as instituições que participam do programa", elencou.
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O Secretário destacou ainda a assinatura da Lei nº 11.171/2025, que declara o peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis) e o peixe-boi marinho (Trichechus manatus) como patrimônios culturais naturais de natureza imaterial do Estado, em razão das importâncias ecológica, cultural e socioambiental das espécies para o meio ambiente.
"Essa lei abraça todas as políticas, programas, as formas de convênio, acordos de cooperação e reforça a ação dessas várias instituições que estão atuando em prol desses arranjos de estruturação como a Semas tem realizado", afirmou.
Recinto de Aclimatação em Soure
Em novembro, o Instituto Bicho D’água, com apoio da Secretaria de Meio Ambiente do Pará (Semas), inaugurará um recinto de aclimatação para peixes-boi na Ilha do Marajó, em Soure. Com 500m2, o espaço terá capacidade para até oito exemplares e faz parte do Projeto de Conservação de Peixes-Boi, uma iniciativa da TGS, Ibama e Instituto Bicho D’água. O projeto surgiu após o Ibama identificar a necessidade de sistematizar os resgates da espécie na região, que já apresenta sinais de declínio populacional.
"O recinto será um importante passo para a conservação do Peixe-boi e para o engajamento de diferentes parceiros na proteção da biodiversidade", comemora Renata Emin.
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