Gatos em situação de abandono são resgatados na Feira da Pratinha

O abandono de animais em espaços públicos é uma realidade que ainda preocupa autoridades e protetores em diversas regiões. Para enfrentar esse desafio e garantir o bem-estar dos bichos, ações de resgate e cuidado têm sido intensificadas por órgãos públicos, reforçando o compromisso com a saúde e a segurança da população.

A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (Sepda), resgatou gatos em situação de abandono na Feira da Prainha, no bairro da Marambaia, na última segunda-feira (29). As ações de resgate iniciaram em junho deste ano, com objetivo de acolher os bichos encaminhar para avaliação e cuidados como castração e vacinação no Centro de Controle de Zoonoses.

Segundo a coordenadora de captura e castração dos animais errantes da Sepda, Liliane Almeida, todos os animais castrados são devolvidos ao local com uma marca na orelha que identifica que ele passou pela cirurgia, o que facilita a adoção. “A partir de outubro, gatos e cachorros castrados também passarão a usar coleiras com telefone de contato para adoção, tornando ainda mais visível que o animal já foi tratado e está disponível para ganhar um novo lar”, completa a coordenadora.

Desde o início da operação na Feira da Prainha, no mês de junho, 24 gatos já foram resgatados. Desde abril, a Sepda realiza capturas em feiras, hospitais, universidades, cemitérios e praças, entre outros locais de Belém. Em média, cerca de 80 gatos são castrados e vacinados por mês, além de 40 cães que passam por exames de sangue, tratamento quando necessário e, posteriormente, são castrados e devolvidos ao espaço onde vivem.

A coordenadora explica que o processo de resgate de cães para a castração exige mais cuidados. “Os cachorros não podem ser castrados se estiverem doentes, por isso é necessário realizar um hemograma antes. Caso apresentem alguma enfermidade, recebem medicação prescrita pelo veterinário, e um voluntário do entorno em que o animal circula fica responsável pelo tratamento. Só após a recuperação eles são castrados, vacinados e devolvidos para possível adoção, assim como os gatos”, detalha Liliane.

“É comum que as pessoas que trabalham ou moram onde circula esses animais acabem cuidando deles, dando comida, água. Então não é difícil encontrar um voluntário bastante apegado ao cachorro para ajudar no tratamento com o remédio”, acrescenta Liliane.

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Ação da Sepda

A ação de castração e vacinação de animais pela Secretaria começou no Parque Cemitério Soledade, em abril, devido a quantidade de gatos no local. Hoje, 80% deles já estão castrados e vacinados e a ação por lá já está quase sendo finalizada.

Liliane reforça que o trabalho é essencial para a saúde pública e o bem-estar animal. “A castração evita doenças, controla a superpopulação, crias indesejadas de animais e reduz casos de abandono e maus-tratos. Esses são os pontos mais importantes”, ressalta.

Animais castrados são mais facilmente adotados. Esse foi o caso do “Amarelinho”, que vivia errante na Feira da Prainha e, após ser castrado e vacinado, foi adotado por Edivaldo Gonçalves, de 43 anos, que é comerciante da feira. “Só adoto animais castrados, por mais que a gente ajude os animais que circulam por aqui, não adotamos eles. Mas quando a Sepda castrou o Amarelinho decidi levá-lo para casa. Ele é muito carinhoso e agora tem um lar feliz e seguro para chamar de seu. Faz um mês que a Sepda colocou ele aqui novamente e eu o adotei”, conta Edivaldo.

De abril até o final de setembro a Sepda já castrou e vacinou aproximadamente 720 animais errantes, entre gatos e cachorros, de Belém.