3º edição da COP das Baixadas debate justiça climática a partir das periferias

Belém está com altas expectativas para sediar o maior evento climático do mundo em novembro. Por isso, a sociedade civil se organiza para debater assuntos importantes a partir de suas vivências na Amazônia.

A 3ª edição da COP das Baixadas será realizada nos dias 22, 23 e 24 de agosto, no Curro Velho, localizado na Vila da Barca, em Belém, reunindo moradores, coletivos sociais, pesquisadores e organizações para discutir justiça climática a partir das periferias, que estão entre as áreas mais afetadas pelas mudanças do climáticas.

A programação é gratuita e aberta ao público, com atividades que incluem painéis, tribunais simbólicos, oficinas, mobilizações comunitárias e apresentações culturais. São esperadas cerca de 800 participantes entre lideranças comunitárias, organizações da sociedade civil, artistas, jovens e parceiros institucionais.

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A iniciativa é pioneira e nasceu da própria juventude, ainda antes da confirmação de que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) ocorreria na capital paraense, em novembro deste ano. As edições anteriores, realizadas em 2023 e 2024, consolidaram o espaço como um movimento de incidência com ações de educação climática, lazer e esporte, buscando fortalecer narrativas em defesa da Amazônia e promover justiça climática e social para os territórios.

Com a proposta de construir coletivamente ‘a conferência que queremos’ na Amazônia, chega com mais força e assegura que as vozes das comunidades periféricas sejam ouvidas em todos os âmbitos nas discussões globais.

Ruth Ferreira, historiadora, ativista socioambiental e co-idealizadora da COP das Baixadas, destacou que as periferias tem importância fundamental nos debates climáticos sendo necessária a inclusão de seus moradores em grandes eventos.

“O objetivo principal é dar visibilidade ao que já está sendo feito nas periferias amazônicas, fortalecendo práticas, saberes e modos de resistência que nascem dos territórios. As Yellow Zones ou Zonas Amarelas cumprem um papel essencial nisso: são espaços de mobilização comunitária que revelam a potência criativa e política das comunidades frente às mudanças climáticas”, disse.

“Essa edição também é uma grande celebração do que temos construído coletivamente nesses três anos de atuação. Vivemos agora um momento crucial na defesa dos nossos territórios, ameaçados por obras e projetos que afetam negativamente nossas comunidades. Mais do que nunca, reafirmamos que nossa ancestralidade já nos ensina como devemos cuidar do meio ambiente, e é ela que orienta nossas. Essa conferência é, ao mesmo tempo, celebração, denúncia e fortalecimento do que já existe e resiste”, completou.

Sobre a COP das Baixadas

A COP das Baixadas surgiu a partir da união de iniciativas, coletivos e atores que participaram da primeira edição da Conferência das Baixadas. Nesse encontro, foi reconhecida a importância do que havia sido construído de forma coletiva e a necessidade de manter essa articulação de maneira permanente, consolidando-se como uma coalizão de organizações engajadas na pauta climática em Belém do Pará e na Amazônia.

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O movimento atua como um espaço de incidência, promovendo ações de educação climática, além de atividades culturais, esportivas e de lazer nas comunidades. Sua missão é fortalecer narrativas em defesa da Amazônia, da justiça climática e social, sempre com foco nos territórios e em suas populações.

Mais do que uma rede de organizações, a COP das Baixadas se propõe a pensar e construir coletivamente “a conferência que queremos” para a Amazônia, em preparação para a COP 30, que será realizada em Belém do Pará.

Serviço

3ª edição da COP das Baixadas

• Datas: 22, 23 e 24 de agosto
• Local: Curro Velho, Vila da Barca, em Belém
• Evento Gratuito