
Neste 19 de agosto comemora-se o Dia Nacional dos Ciclistas. A data foi instituída por meio de uma lei federal em homenagem a Pedro Davison, que morreu atropelado aos 25 anos, em 2006, após ser atingido por um motorista embriagado e com a Carteira de Habilitação vencida, no Eixo Sul, em Brasília.
Dezenove anos depois do crime, os ciclistas têm avanços a comemorar – como o aumento do número de ciclovias e ciclofaixas nas grandes cidades brasileiras – mas ainda convivem com o descaso e o desrespeito de condutores imprudentes.
De acordo com a pesquisa mais recente da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike Brasil), as capitais brasileiras contam, até 2024, com 4.106 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, o que representa um acréscimo de 7,3% em relação ao ano anterior.
“A maior dificuldade é quando tem umas ruas que não têm a faixa de ciclista. A gente tem que andar no meio dos carros e corre muito risco de ser atropelado. A faixa ajuda bastante, porque é só ciclista lá”, explica Adrielson Rodrigues, 20 anos, entregador que usa a bicicleta diariamente para trabalhar. “A bicicleta já faz parte da minha vida. Desde pequeno aprendi a andar, e com ela consigo ganhar meu dinheiro para me sustentar”, completa.
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João Pereira, 29, lojista e entregador, concorda que os condutores dificultam a segurança dos ciclistas. “A educação é o maior problema. Tem muitos motoristas sem educação que não respeitam o ciclista. E também têm algumas ruas com buracos, esses são os maiores problemas”, diz. “A parte boa é que não tem custo com gasolina pra gente e ainda ajuda na saúde, melhora, né?”, acrescenta.
Ciclovias
Belém ocupa atualmente o sexto lugar nacional em extensão de ciclovias e ciclofaixas. Segundo a Secretaria Municipal de Segurança, Mobilidade e Ordem Pública (Segbel), a capital do Pará conta com 164 km de malha cicloviária. Somente este ano, foram implementados 14 quilômetros e revitalizados outros 31, em parceria entre a Prefeitura e o Governo do Pará. Além disso, a gestão municipal afirma ter recuperado mais de 300 quilômetros de malha asfáltica desde fevereiro, por meio da Operação Tapa-Buracos, o que contribui para a segurança de ciclistas, condutores e pedestres.
Além do uso para o trabalho, a bicicleta é também opção de lazer. “Comecei a andar de bicicleta aos 10 anos. Hoje tenho 65. Para onde eu vou, prefiro ir de bicicleta”, conta o porteiro Jorge Edivaldo. “A bicicleta, pra mim, é como um carro. Porque aonde eu quero chegar, eu chego mais rápido”, defende.
TOP
A enfermeira Marluce Maia, 54, descobriu o amor por pedalar há 13 anos. “Como eu sou da área da saúde, é um trabalho muito estressante e cansativo, mas eu amo o que faço. Pedalar, pra mim, é top. Nas minhas folgas, eu sempre estou pedalando. Me ajuda a desestressar e manter a rotina nos dias seguintes”, afirma.
Ela faz parte do grupo Loucos por Bike, que existe há sete anos e reúne cerca de 30 pessoas de várias profissões que se juntam para pedalar por Belém. “Nós sempre saímos às segundas e sextas. Segunda é sempre mais leve, para começar a semana. Na sexta é o dia do ‘longão’, e a gente faz mais de 20 quilômetros por aí”, explica.
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