
Às margens do rio Guamá, em meio à paisagem única da Ilha do Combu, Belém deu um passo histórico para a saúde das mulheres. A capital paraense se tornou, nesta sexta-feira (15), a primeira do Brasil a disponibilizar na rede pública o protocolo de rastreamento do câncer do colo do útero por meio do teste molecular DNA-HPV.
A ação é resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde, o Governo do Estado e a Prefeitura de Belém, e integra também o programa Agora Tem Especialistas, que garante atendimento rápido com médicos especializados para pacientes com resultado positivo.
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Avanço no diagnóstico
O exame de DNA-HPV representa uma evolução em relação ao tradicional Papanicolau. Enquanto o método convencional identifica alterações já existentes no colo do útero, a nova tecnologia detecta a presença do vírus antes mesmo do surgimento das lesões.
Isso permite iniciar o acompanhamento e o tratamento de forma precoce, aumentando as chances de prevenção do câncer. Para resultados negativos, o intervalo para repetição do teste é de cinco anos, o que reduz a necessidade de exames frequentes e o desgaste emocional das pacientes.
Em casos positivos, o protocolo assegura encaminhamento ágil para exames complementares, como citologia reflexa, colposcopia e biópsia, além do início imediato do tratamento profissionais especializados, uma vez que também integra o programa Agora Tem Mais Especialistas.

Durante o evento, a UBS do Combu recebeu os kits do DNA-HPV, que serão utilizados nas coletas com mulheres da comunidade. O exame passará a fazer parte da rotina da unidade, atuando de forma conjunta na prevenção primária e secundária, tanto contra a infecção quanto no rastreamento de possíveis casos.
Expansão para toda a região
Nesta primeira fase, o protocolo será implantado em todo o Distrito Administrativo do Guamá (DAGUA), que, além do Combu, inclui Jurunas, Guamá, Terra Firme , onde até o fim de dezembro, todas as Unidades Básicas de Saúde dessa área estarão realizando o exame.
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Modelo para o país
A iniciativa está alinhada à meta da Organização Mundial da Saúde de eliminar o câncer do colo do útero como problema de saúde pública até 2030. A experiência de Belém servirá de modelo para outras cidades, colocando a capital como referência nacional nesse tipo de prevenção.
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