Queda de árvore na Nazaré: prefeitura vai arcar com prejuízos

A queda de duas árvores em pontos distintos de Belém, nas primeiras horas desta quinta-feira (7), voltou a acender o alerta sobre os riscos oferecidos pela vegetação urbana em áreas de grande circulação. Os incidentes aconteceram na travessa 14 de Março, no bairro de Nazaré, e dentro do Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco. Apesar dos transtornos causados, não houve registro de feridos, mas veículos foram atingidos, gerando prejuízos aos proprietários.

Diante da situação, a Prefeitura de Belém divulgou uma nota oficial em que se solidariza com as vítimas e informa que assumirá os custos dos danos materiais ocasionados. As pessoas afetadas devem procurar a Câmara de Conciliação da Prefeitura, localizada na Procuradoria Geral do Município, na avenida Presidente Vargas, para dar início aos procedimentos legais de reparação.

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Segundo informações da Prefeitura, as duas árvores tombaram em locais de grande visibilidade da cidade. No caso do ocorrido na travessa 14 de Março, entre as avenidas José Malcher e Nazaré, uma vistoria técnica apontou a possibilidade de infestação de cupins como causa da queda. A árvore havia passado por manutenção recentemente, mas os danos internos não foram suficientes para impedir o colapso.

Para permitir a retirada da árvore com segurança, foi solicitado o desligamento da rede elétrica à concessionária Equatorial Pará. Entretanto, segundo o município, o pedido não havia sido atendido até o momento da ocorrência, dificultando a ação das equipes de manejo arbóreo e prolongando o transtorno no trânsito local.

Em nota, a Equatoria Energia informou que, para realizar os reparos e substituir a estrutura afetada que queda da árvore, foi necessário desligar, temporariamente, o fornecimento de energia de 154 clientes no perímetro.

Bosque também registra queda

A outra árvore caiu dentro do Bosque Rodrigues Alves, tradicional área verde de Belém. O incidente danificou parte do muro do espaço, embora não tenha causado ferimentos em visitantes ou funcionários.

De acordo com a nota, empresa Casa e Jardins, responsável pela manutenção arbórea, afirmou à administração municipal que não dispõe de estrutura técnica para executar podas em árvores de grande porte. Diante da gravidade da situação, a Prefeitura avalia a rescisão do contrato e promete adotar medidas legais para garantir a continuidade dos serviços essenciais à segurança da população.

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Mais de 240 mil árvores e histórico de abandono

A capital paraense possui cerca de 240 mil árvores catalogadas, de acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). Só entre janeiro e junho deste ano, mais de 1.400 árvores passaram por poda ou avaliação técnica. A atual gestão afirma ter identificado 500 árvores em situação crítica, das quais 189 já foram suprimidas por risco de queda iminente.

O cenário, segundo a Prefeitura, é resultado de um longo período de abandono e negligência no cuidado com a arborização urbana. A força-tarefa implantada nos últimos anos tenta reverter esse passivo ambiental, mas a limitação técnica de algumas prestadoras de serviço tem sido um obstáculo.

A administração municipal reforça que segue mobilizada para mitigar riscos e ampliar as ações preventivas, além de garantir suporte imediato às vítimas de acidentes relacionados à queda de árvores.