
Um dos episódios mais graves de ameaça à segurança institucional desde a eleição de 2022 voltou aos holofotes nesta quarta-feira (17). O paraense George Washington de Oliveira Sousa, condenado por planejar um atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, está foragido.
O comerciante de Xinguara, região no sul do Pará, foi sentenciado a nove anos de prisão, mas não foi localizado após progressão de regime, concedida em fevereiro deste ano.
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A situação levou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a autorizar a notificação por edital, procedimento usado quando o acusado está em "local incerto e não sabido". A medida garante o andamento do processo, mesmo com a ausência do réu.
George Washington foi preso no final de dezembro de 2022, dias antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e confessou ter planejado a explosão de um caminhão-tanque com 63 mil litros de querosene de aviação no aeroporto da capital federal.
Segundo ele, o ato terrorista era parte de um plano para instaurar o caos e forçar a decretação de estado de sítio, com o objetivo de impedir a posse presidencial e promover uma intervenção militar.
O empresário relatou que as declarações do então presidente Jair Bolsonaro o motivaram a investir cerca de R$ 160 mil na compra de armas e explosivos. No apartamento onde ele estava hospedado, a polícia encontrou fuzil, espingardas, pistolas, revólveres, munições, uniformes camuflados e cinco emulsões explosivas, supostamente trazidas de pedreiras e garimpos do Pará.
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Em depoimento, o condenado declarou que os armamentos seriam distribuídos entre pessoas dispostas a agir para “evitar o avanço do comunismo” no país, conforme declarou à polícia. A Justiça entendeu que ele pretendia articular uma rede armada com intenção de atacar instituições e a democracia.
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