
Uma paralisação dos professores e demais profissionais da educação da rede municipal de ensino de Ananindeua foi decidida em Assembleia Geral realizada no último domingo (6), quando a categoria rejeitou, por unanimidade, a proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito Daniel Santos.
Uma grande mobilização está marcada para acontecer na frente da sede da Prefeitura de Ananindeua nesta terça-feira (8).
Segundo Jair Pena, que faz parte da direção do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Estado do Pará (SINTEPP), a paralisação conta com a adesão de 70% de professores e profissionais da educação de Ananindeua, atingindo mais de 95 unidades de educação do município, impactando de forma direta e indireta em 46 mil alunos da rede de ensino.
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“Isso é apenas uma paralisação de 24 horas, porque a nossa categoria tem um objetivo claro. Ou, o prefeito muda essa realidade com o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, ou nós iremos nos preparar para uma greve em Ananindeua. Dependendo do que ele vier trazer como proposição, nós iremos tratar em Assembleia Geral a aprovação de um indicativo de greve. Mas, isso depende muito do que ele vai falar”, explicou Jair Pena.
Reivindicações
O principal ponto de reivindicação da categoria é o reajuste do piso salarial que deveria ter sido aplicado em 1º de janeiro deste ano, conforme a atualização nacional. No entanto, segundo o Sintepp, a gestão municipal não cumpriu a determinação. A proposta do sindicato inclui não apenas a equiparação ao piso, mas também um reajuste de 40%.
“Neste ano, a Secretaria de Educação vai receber R$ 376 milhões do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Estamos em um município da região metropolitana que não paga a gratificação de nível superior, então esse reajuste que o prefeito de Ananindeua está propondo não resolve a nossa vida, porque se a gente vai continuar ganhando menos que os demais municípios da região metropolitana e que tem um Fundeb muito menor que o de Ananindeua”, esclarece Jair Pena.
Outras reivindicações do Sintepp são a criação de um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração unificado e um aumento do vale-alimentação. A categoria reivindica R$ 1.200,00 — bem acima dos R$ 700,00 oferecido atualmente pela prefeitura de Ananindeua.
“Nesse plano de carreira não terá somente professor e pedagogo, mas terá o vigia da escola, a merendeira, a secretária da escola. Todos os outros profissionais da escola não estão no nosso PCCR do magistério e eles se submetem a ficar com o salário defasado porque dependem de outros funcionários da prefeitura equipararem seus salários. Ou seja, eles estão dentro do orçamento do Fundeb, mas não podem ter reajustes superiores devido estarem com um cargo único em toda a prefeitura, um cargo genérico. Então nós queremos que eles sejam passados para um cargo dentro de um plano de carreira próprio”, reforça o representante do Sintepp.
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