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Taxistas resistem aos aplicativos e têm boas expectativas para a COP 30

Em meio ao cenário de concorrência com os transportes por aplicativos, taxistas falam sobre os altos e baixos da profissão e demonstram otimismo com a realização da COP30 em Belém

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Imagem ilustrativa da notícia Taxistas resistem aos aplicativos e têm boas expectativas para a COP 30 camera Taxistas de Belém enfrentam desafios com aplicativos, mas mantêm a confiança dos clientes | ( Ricardo Amanajás/ Diário do Pará )

Os taxistas enfrentam o desafio de se manter ativos diante da crescente adesão dos passageiros ao transporte por aplicativos em Belém. Ainda assim, muitos motoristas resistem, diante da concorrência e de uma rotina cada vez mais apertada.

Osvaldo Costa, 63 anos, conhece bem esse cenário. Taxista há 28 anos e há cerca de cinco anos colaborador da cooperativa CooperDuque (Via Duque), no bairro da Pedreira, ele reconhece que os tempos mudaram. “Teve sim uma caída, com certeza. Só que, com o passar do tempo, a clientela voltou novamente a usar os táxis, porque há uma diferenciação de um para o outro. O trabalho que a gente faz é completamente diferente do deles [aplicativos]”, afirmou.

Para ele, o que faz o táxi continuar sendo escolhido por muitos é a relação de confiança construída ao longo dos anos. “Nós somos mais prestativos, querendo ou não, nós somos. As pessoas saem, ajudamos, abrimos a porta, se for preciso carregar [sacolas], a gente carrega”. E, em variados casos, há a negociação. “Sempre existe, né? Mas toda negociação tem que ser boa para as duas partes”, lembrou, explicando que o valor inicial da corrida, de R$5,60 pode ser ajustado dependendo do trajeto

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A rotina, no entanto, está longe de ser fácil. “O táxi é uma caixa de surpresa. Uma hora você faz R$30, R$40, e aí do nada você pode fazer R$100, R$ 150”. Para garantir uma renda mínima, é preciso encarar o alto custo do combustível. “Esses aumentos impactam muito a nossa renda. Às vezes a gente gasta R$70, R$80 só de gasolina por dia”.

No ponto ATHAB, na travessa Barão do Triunfo, com 26 anos como taxista, Luis Cláudio, 51, conhece bem os altos e baixos da profissão. Após passar cinco anos trabalhando em aplicativos, ele voltou ao táxi há cerca de dois meses e garante que a escolha foi certeira. “Eu vi que ganhava a mesma coisa rodando bem menos. No aplicativo eu rodava 300 km por dia, no táxi rodo 120 km no máximo e faço o mesmo valor”.

Ele sustenta a esposa e dois netos, mas para fazer uma renda de um pouco mais de três salários mínimos, precisa trabalhar todos os dias da semana, das 8h até por volta das 22h. Apesar das dificuldades, ele acredita que há potencial de crescimento com a chegada de grandes eventos à cidade. “Investi num carro maior, de sete lugares, para não perder nenhuma oportunidade. Fretes, viagens, o que vier”.

Wanderson Corrêa, 50, taxista na mesma cooperativa, comenta que o ponto continha mais de 20 cooperados, mas atualmente somente 14 fazem parte. “A competitividade aumentou muito e os preços [das tarifas dos taxistas] não mudaram. A frota está ficando mais velha, a taxa de juros [de manutenção] está alta”, relata. Sobre o impacto dos aplicativos, é categórico: “eu mesmo fui para aplicativo, passei um tempinho e voltei”.

Wanderson Corrêa, 50, taxista
📷 Wanderson Corrêa, 50, taxista |( Ricardo Amanajás/ Diário do Pará )

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COP 30

Quem também aposta na continuidade do táxi, mesmo diante das dificuldades, é José Maria Pinheiro, 62 anos, que há três décadas atua no setor. Ele viu sua clientela diminuir drasticamente com a chegada dos aplicativos, mas conseguiu se manter graças à fidelidade de alguns passageiros. “Tenho uns cinco ou seis clientes fixos. Às vezes três me ligam na semana, depois os outros dois. É um malabarismo”, conta.

Querendo trocar de carro, ele vê em eventos maiores, como o Círio de Nazaré, que ocorre no mês de outubro, uma das melhores oportunidades para ganhar mais dinheiro. Este ano, a aposta é a “COP 30”, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em novembro, em Belém.

“É um bom momento para que a gente tenha um fluxo maior. A esperança esse ano é a COP mesmo. E, com esse dinheiro que vai entrar, pretendo trocar de carro”, conta José Maria. Osvaldo compartilha a visão. “Com a COP vindo aí, eu espero que vá melhorar”, diz.

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