
No Pará, quase 1,4 milhão de famílias são chefiadas por mulheres que, além de assumirem o papel de mães, ainda administram e sustentam a casa, fazendo assim o papel também de “pai”. É o que mostra estudo produzido pelo Departamento Intersindical de Economia e Estatísticas (Dieese-PA), sobre a trajetória das Mulheres no Mercado de Trabalho, em especial no Pará e na região Norte, que apresentaram números expressivos de mulheres que exercem a dupla função.
O levantamento tem como base os dados da PNAD Contínua do IBGE do 4º trimestre do ano passado e mostram que, em todo o Brasil dos cerca 80 milhões de domicílios existentes, mais da metade deles (cerca de 51,66%), ou seja, um total de 41.364 milhões de lares, eram chefiados por mulheres. O restante, cerca de 48,34% ou 38.702 milhões de lares, eram chefiados por homens.
A região Norte apresenta um cenário diferenciado, onde em um total de 6.196 milhões de domicílios, pouco mais da metade, cerca de 50,03%, ou 3.100 milhões dessas residências eram chefiadas por mulheres.
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Os dados registrados no Pará seguem a mesma tendência: do total de 2.840 milhões de domicílios paraenses, pouco mais da metade, 51,09%, são comandadas por homens, e um total de 1.389 milhões de residências que eram totalmente comandadas por mulheres. As análises realizadas pelo Dieese Pará mostram que o Pará registrou a 9ª posição entre as demais unidades federativas que apresentavam mulheres na chefia dos domicílios, bem como a 1ª posição na região Norte.
Os dados analisados apontam ainda um crescimento no total de domicílios chefiados por mulheres em todo o Brasil no 4º trimestre de 2024 (de outubro a dezembro), com um quantitativo de 41.364 milhões de residências que tinham mulheres no comando correspondia, cerca de 2,21% a mais que observado no 4º trimestre de 2023, quando esse total era de 40.469 milhões.
NORTE
Em toda a região Norte o total de domicílios chefiados por mulheres aumentou para 3.100 milhões, cerca de 4,91% a mais que o registrado no período anterior. No Pará esse aumento foi de 8,69% ou 1.389 milhões de lares comandados por mulheres.
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Os desafios para essas mulheres, que além de cuidarem dos filhos têm a responsabilidade de manter o lar, são ainda maiores quanto à ocupação dessas mulheres no mercado de trabalho. Os dados da Pnad Contínua mostram que, em todo o Estado do Pará, cerca de 3,9 milhões de trabalhadores estão ocupados, deste total, cerca de 2,4 milhões são homens (equivalente a 60,0% da ocupação paraense) e o restante, quase 1,5 milhão são mulheres (40,0% restante da ocupação paraense).
E mais...
painel variado
- Além desta diferença de gênero na ocupação no Pará, mais de 800 mil mulheres recebem até 1 salário mínimo por mês como renda desse trabalho. Muitas mulheres fazem parte de um painel variado de indicadores que registram que, além da falta de igualdade no Mercado de Trabalho, a condição de vulnerabilidade social aumenta ainda mais quando os dados levam em consideração outras garantias e direitos trabalhistas, ou seja, além de assumirem o papel de mãe e pai e provedora solo daquele lar, convivem com rendimentos baixos e dependentes de programas sociais ou mesmo sem acesso a qualquer tipo de renda.
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