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INVESTIGAÇÃO

Cães morrem em van que os levava do Pará até Santa Catarina

Três cães morreram durante transporte de Belém (PA) até Palhoça (SC). Família denuncia negligência da empresa. Investigação em andamento nos estados envolvidos.

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Imagem ilustrativa da notícia Cães morrem em van que os levava do Pará até Santa Catarina camera O buldogue Bruce e os pastores-alemães Thor e Kira estavam sob responsabilidade de uma empresa especializada nesse tipo de transporte. | Divulgação

Três cães de uma família de Belém (PA) morreram no trajeto que faziam até Palhoça (SC) dentro da van de uma empresa especializada em transporte de animais. O casal de tutores, José Neto e Luciana Murta, registrou boletim de ocorrência no domingo (2).

A família diz que os três cães estavam saudáveis quando partiram de Belém, no final da manhã de 28 de janeiro e apontam indícios de negligência no serviço prestado pela empresa. A previsão era que os animais chegassem em Palhoça no dia 2 de fevereiro.

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Alexandder Junio dos Santos Marques, responsável pela empresa, a Pet Gold Transportes Pet, disse à Folha que “aguarda laudos de exames veterinários dos cães (necropsia e exames específicos)” para “meus advogados se manifestarem sobre o caso”.

José e Luciana têm dois filhos que moram em Palhoça. Depois da aposentadoria, decidiram se mudar para a cidade catarinense, levando junto os seus cinco cães. Dois animais menores, da raça pinscher – Brisa, 14, e Sophia, 11–, foram transportados de avião e chegaram bem à cidade catarinense.

Para o transporte dos outros três cães maiores, o casal pagou R$ 10 mil à empresa para que os animais fossem levados por via terrestre. Todos morreram no trajeto. Dois eram da raça pastor-alemão, chamados Thor, 9, e Kira, 10, e mais um buldogue, Bruce, 5.

“Eram três cães saudáveis. O problema do Bruce é que ele é braquicefálico, tem nariz achatado, o que dificulta a respiração. Algumas companhias aéreas não aceitam fazer o transporte. E recentemente teve aquele caso do labrador. Então minha família optou pelo transporte terrestre, que parecia mais adequado, especialmente para o Bruce”, disse ontem à Folha a nora do casal, a esteticista Gabriela Carvalho.

Ela conta que, antes da viagem, a empresa pediu laudos médicos e carteiras de vacinação dos animais, o que foi providenciado. “O meu sogro acompanhou [a entrada dos animais no veículo], e a van estava climatizada. Ele só comentou que achou que a caixa estava um pouco pequena para o porte dos animais, mas avaliou que a empresa entendia mais do assunto do que ele”, acrescentou.

Bruce morreu na Bahia no dia 31 de janeiro. Quase 24 horas depois, Kira também morreu, já em Minas Gerais. Thor morreu quatro horas depois.

“No trajeto, eles falaram que parariam a cada quatro horas, para passear, beber água. Também receberíamos fotos e vídeos deles, mas às vezes a gente ficava mais de oito horas sem notícias”, afirmou Gabriela.

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A nora também afirmou que, pelo contrato, um veterinário ou um técnico deveriam ter acompanhado a viagem e “aparentemente só estavam o motorista e o filho dele”. Um primeiro boletim de ocorrência foi registrado em Palhoça, mas a investigação não deve ocorrer em Santa Catarina.

Em nota à reportagem, a Polícia Civil de Santa Catarina afirmou que não é competente para investigar o caso, conforme artigo 70 do CPP (Código de Processo Penal).

“A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Como foi informado no registro da ocorrência que os animais morreram nos estados de Bahia e Minas Gerais, é de competência das polícias civis desses estados investigar”, diz a nota.

A família informou que está providenciando os boletins de ocorrência também em Minas Gerais e na Bahia.

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