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ECONOMIA

Alimentação: consumo fora do lar aumenta em Belém

A área de alojamento e alimentação, na qual a refeição fora do lar representa cerca de 85% do volume, teve aumento de 1,3% em outubro do ano passado comparado ao mês anterior economia.

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Imagem ilustrativa da notícia Alimentação: consumo fora do lar aumenta em Belém camera Maria Paula Campos vende refeição. | Ricardo Amanajás/Diário do Pará

Os serviços de alimentação apresentaram um crescimento significativo em outubro do ano passado, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O segmento se beneficiou do aumento no fluxo de consumidores em bares e restaurantes, impulsionado por eventos e maior movimentação nas cidades.

Segundo o IBGE, o setor de serviços como um todo registrou crescimento de 1,1% no mês (em relação a setembro), alcançando um novo patamar recorde desde o início da série histórica em 2011.

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O subitem alojamento e alimentação, no qual a alimentação fora do lar representa cerca de 85% do volume, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), teve aumento de 1,3% em relação ao mês anterior.

Na comparação de outubro com relação ao mesmo mês do ano anterior, a elevação também é expressiva. O volume de serviços de alimentação cresceu 6,7%, enquanto o faturamento nominal (sem considerar o efeito da inflação) do setor apresentou um aumento de 12% no período.

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Embora o setor de serviços como um todo tenha recuado -0,9% em novembro na comparação mensal, o desempenho anual continua positivo, com crescimento de 2,9% em relação ao mesmo mês em 2023. O resultado evidencia a resiliência do segmento de alimentação fora do lar, que segue como um dos motores de crescimento do setor terciário.

Apesar do cenário favorável, o setor enfrenta desafios econômicos que pressionam a sustentabilidade dos negócios. Entre os principais fatores estão a inflação elevada, custos crescentes de insumos e taxas de juros que dificultam o acesso ao crédito.

Há 10 anos trabalhando com a venda de refeições na feira do Ver-o-Peso, em Belém, Jorgele Aviz, 43 anos, explica que faz um “jogo de cintura” para manter os preços acessíveis aos clientes que compram no boxe dela. “Quando eu vejo os itens mais em conta, por exemplo o arroz, eu compro muito para estocar. É uma forma que eu faço para não aumentar o valor das refeições. Porque se a gente aumentar, não vai vender”.

Veterana na venda de refeições no Ver-o-Peso, Maria Paula Campos, 60, trabalha com a comercialização dos alimentos no local há três décadas. Maria explica que cada vez mais os ingredientes das refeições estão mais caros, o que é um desafio para manter o mesmo preço da refeição. “O óleo para fritar o peixe tá um absurdo de caro, o charque pra colocar no feijão também, assim como o arroz e a carne. A gente não pode repassar o valor pro preço final ao cliente porque não vai vender”.

Refeição

A artesã Lúcia Lima, 68, sempre que pode almoça fora de casa, principalmente na área do Ver-o-Peso. Ela observa que itens de supermercado, como os da alimentação, estão com preços bem elevados. Porém, na refeição consumida no Ver-o-Peso, Lúcia ainda não sentiu que teve aumento de preço nas refeições recentemente. “Por enquanto, o preço está o mesmo. Dá pra comer fora de casa, sabendo equilibrar os gastos”, explica.

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