Entrelaçados, pendurados ou mesmo caídos no chão, diversos fios de postes da cidade compõem um cenário poluído em várias áreas de Belém. Além de causar um impacto visual, o excesso de fiação traz riscos à segurança e à circulação de motoristas e pedestres. Para resolver essa situação, é imprescindível implementar um trabalho de fiscalização e notificações que envolve diferentes órgãos e empresas.
A maior parte dos fios instalados nos postes pertence a empresas de telecomunicações, como as de telefonia e internet. Elas utilizam o espaço nos postes da distribuidora de energia elétrica, neste caso, a Equatorial Energia, que opera na capital paraense.
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A equipe de reportagem esteve ontem na Avenida Presidente Vargas, no bairro da Campina, e se deparou com ruas tomadas de fiações. Os pedestres que conversaram com a reportagem relataram que uma das maiores preocupações é o perigo de tropeçar em fios soltos ou até mesmo sofrer choques elétricos, caso estejam energizados.
O comerciante Júlio Magno, de 60 anos, é uma das pessoas que compartilhou sua insatisfação. Ele relata que frequentemente encontra fios soltos pelo chão. Ao percorrer a calçada da Rua Santo Antônio, no centro comercial de Belém, é necessário desviar de um longo cabo estendido. “Você nunca sabe se (o cabo) está energizado ou não, se corre o risco de choques. Isso pode ser fatal. No meu caso, também posso tropeçar, cair e acabar machucando algo, considerando que tenho uma idade. É uma situação preocupante e infelizmente muito comum na cidade”, desabafa.
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Furto
Ele acrescenta que o furto de cabos elétricos tem se tornado cada vez mais comum na região. “Logo que mudaram a fiação, os fios estavam todos espalhados pelo chão; agora está um pouco melhor. Foi uma situação terrível, furtaram os fios daqui de perto do meu carrinho, dando um prejuízo para o pessoal do entorno”, comentou. A autônoma Ana Rosa, de 50 anos, atua na venda de alimentos e relata que, ao realizar compras no comércio, frequentemente se depara com fios baixos que podem alcançar as pessoas em certos locais. Ela transitava pela rua Osvaldo Cruz, próximo à Praça da República, onde os fios emaranhados estão com a fiação baixa. “Tem quem consiga desviar dos cabos, mas há idosos que se movem mais devagar e também crianças. Isso realmente nos deixa apreensivos”, desabafa.
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