Praça em Ananindeua espera que promessa seja cumprida

No Conjunto Cristo Redentor, no bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua, uma praça que deveria ser um ponto de encontro e lazer para a comunidade enfrenta o abandono há anos. Localizada atrás da Unidade Básica de Saúde (UBS) do conjunto, na esquina das ruas Cristo Redentor e Santa Maria, a área, sem infraestrutura adequada como iluminação, bancos ou equipamentos de recreação, tornou-se um lugar evitado pelos moradores.

A comunidade relata que, apesar de promessas do poder público, em que a partir de julho deste ano o espaço seria revitalizado, a praça permanece negligenciada em relação à manutenções comuns, como limpeza. Sem o serviço efetivo, a área se transformou em um ponto de insegurança para a comunidade devido à presença de usuários de drogas, é o que comenta o autônomo Marcos Paulo Carvalho, de 46 anos, morador da região há 22 anos.

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“Até chegaram a instalar apenas alguns bancos, foram quebrados, mas não houve reparação. Hoje, é um empresário daqui que limpa o local para usar como estacionamento. À noite, tudo fica escuro e perigoso, com pessoas usando drogas debaixo das árvores”, diz.

Segundo Jéssica Moraes, 29, gerente de uma distribuidora de suplementos próxima à praça, a gestão da empresa optou por realizar limpezas periódicas para manter o entorno minimamente organizado. “A gente faz isso já tem um tempo, mas é difícil manter limpo o tempo todo. O espaço é grande, e como recebemos nossos clientes, prezamos por, minimamente, limpar o local para ficar menos desagradável”, explica.

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Parado

De acordo com o vereador Franklin Farias (MDB), em julho o gestor municipal visitou a praça e prometeu que as obras começariam na segunda-feira seguinte, com previsão de entrega antes do Natal. “O prefeito esteve aqui, assinou a ordem de serviço e garantiu o início das obras, mas até agora, nada foi feito. A população está revoltada porque o local continua abandonado, sendo usado para consumo de entorpecentes e delitos”, lembra.

Franklin lamentou, ainda, outras obras paradas em Ananindeua, como a praça do Jaderlândia. “Temos também o famoso ginásio Abacatão [Ginásio de Esporte Dr. Almir Gabriel] e o Estádio Municipal. E aí lembro, ainda, que ajudei a aprovar na Câmara, algumas operações de crédito em relação à Prefeitura e alguns bancos que, somadas, essas operações chegam a aproximadamente R$ 800 milhões; é muito dinheiro para justificar tantas obras paradas”, frisa.

Os moradores da comunidade Cristo Redentor clamam por uma solução definitiva. Eles esperam que o espaço possa se tornar um lugar de lazer e segurança para as famílias da região. “Queremos que entreguem a praça, com brinquedos para as crianças. É possível ver que não há nada para a criançada, e a gente precisa se deslocar até a praça da Arterial-5. É hora de mudar isso”, compartilha o morador Walter Walter Siqueira, de 49 anos, que reside há 25 anos em frente a praça.

Sem resposta

A reportagem contactou a Prefeitura de Ananindeua sobre a situação da praçoa, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.