O mundo todo está engajado em discutir soluções relacionadas as mudanças climáticas e a preservação do meio ambiente, pautas de extrema importância e grande relevância na atualidade. Por isso, priorizar ações e iniciativas de preservação tem essencial nesse contexto.
Durante a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), realizada em Baku, no Azerbaijão, o Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), apresentou o processo de criação do Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes da Amazônia, em Almeirim, no oeste paraense, considerado um marco na conservação da biodiversidade. O painel ocorreu na última sexta-feira, 15, no estande "Amazônia Hub", do Consórcio Interestadual da Amazônia Brasileira.
Conduzido por Thiago Valente, assessor técnico da presidência do Ideflor-Bio, foi apresentado ao público um panorama detalhado sobre a Amazônia Legal Brasileira, as áreas protegidas no Pará e o papel das Unidades de Conservação (UCs). Valente destacou o histórico da descoberta das árvores gigantes, a expedição científica à região e os processos de consulta pública que culminaram na criação do Parque. Segundo ele, "essas árvores monumentais são um símbolo do que a Amazônia representa para o mundo, e sua proteção é essencial para manter o equilíbrio ambiental global", frisou.
Localizado em uma das áreas de maior biodiversidade do planeta, o Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia é um verdadeiro santuário florestal. Ele busca proteger árvores que ultrapassam 80 metros de altura, um ícone da grandiosidade amazônica, além de abrigar espécies únicas de flora e fauna. O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, enfatizou a relevância da iniciativa. "A criação desta UC é uma mensagem clara de que o Pará está comprometido com o futuro do planeta. Não se trata apenas de preservar árvores, mas de proteger todo um ecossistema que sustenta milhares de vidas", afirmou.
Etapas - O processo de concepção do Parque incluiu etapas de consulta pública realizadas no Distrito de Monte Dourado, no município de Almeirim, onde a área está localizada. A comunidade local teve papel fundamental na validação da proposta, fortalecendo o caráter participativo da política ambiental paraense. "Queremos que as pessoas vejam as Unidades de Conservação não apenas como uma política de proteção ambiental, mas como uma oportunidade de desenvolvimento sustentável para as populações locais", complementou o diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho.
A nova UC também pretende impulsionar o turismo sustentável, promovendo a valorização do conhecimento tradicional e científico sobre a floresta amazônica. A ideia é que o Parque se torne um ponto de convergência entre preservação e educação ambiental, atraindo visitantes que busquem conhecer a riqueza da biodiversidade amazônica de forma responsável.
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A apresentação destacou os próximos passos do projeto, como a consolidação do Plano de Gestão da nova UC, bem como a articulação com instituições de pesquisa e a capacitação de comunidades locais para integrar a gestão do Parque. O Governo do Pará vê na iniciativa uma forma de fortalecer a rede de áreas protegidas do estado e garantir a integridade ecológica de seus territórios.
Delegação - Vale destacar que a comitiva do Ideflor-Bio na COP29, composta por Nilson Pinto, Thiago Valente e Ana Claudia Simoneti, reforçou o papel do Pará como protagonista nas discussões ambientais globais. "Estamos na COP29 para mostrar que o Pará não é apenas parte da Amazônia, mas uma liderança na construção de soluções reais para os desafios ambientais que enfrentamos", concluiu Nilson Pinto.
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A criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia marca mais um capítulo na trajetória do Pará em defesa do meio ambiente. Com a medida, o estado soma quase 1 milhão de novas áreas protegidas em cerca de três anos, o que reafirma seu compromisso com a proteção de sua rica biodiversidade e com o desenvolvimento de alternativas sustentáveis para as populações que dependem da floresta.
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