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Cesta básica tem alta de preços em Belém no mês de outubro

Dieese prevê novos aumentos dos produtos até o final do ano nos supermercados.

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Imagem ilustrativa da notícia Cesta básica tem alta de preços em Belém no mês de outubro camera Dieese prevê novos aumentos dos produtos até o final do ano nos supermercados. | Antônio Melo/Diário do Pará

De acordo com o estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA), no mês de outubro o custo total da cesta básica de alimentos dos paraenses voltou a apresentar alta. O custo total da cesta comercializada em Belém está em R$ 649,90, apresentando um reajuste médio de 0,33% em relação ao mês de setembro, quando a mesma custou no bolso do consumidor R$ 647,79.

As pesquisas do Dieese/PA também verificaram no mês de outubro que dos 12 produtos que compõem a cesta básica, os cinco maiores reajustes de preço verificados foram no feijão (6,69%), manteiga (2,36%), carne bovina (1,44%), leite (1,39%) e óleo de soja (1,35%). Em contrapartida, houve queda em três itens da cesta: tomate (- 4,42%), arroz (- 2,73%) e açúcar (- 1,57%).

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O supervisor técnico do Dieese/PA, Everson Costa, destaca que pelo segundo mês consecutivo, os paraenses estão pagando mais caro pelo custo da alimentação básica. “Mais da metade dos itens apresentaram reajustes, em alguns casos, inclusive ultrapassando a casa de 6%. Esses aumentos fizeram não só com que o custo da cesta básica se elevasse pelo segundo mês, mas também impactou quem adquire a mesma com um salário mínimo, ou metade deste, para a compra e aquisição desses alimentos”.

A motorista Simony Lins, 40 anos, faz compras mensalmente ou a cada 15 dias, dependendo da demanda em casa. Para ela, a cesta básica não está tão acessível de preço porque tem sempre o aumento de algum item que costuma comprar. Uma das alternativas para driblar estes reajustes de preço é buscar preços mais em conta. “Em casa somos só meu marido e eu, mesmo assim a gente gasta muito. Sempre quando posso, eu também compro em atacadão e não somente em supermercado, que acho mais caro”.

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MARCAS

A trabalhadora de serviços gerais Rosângela Fernandes, 49 anos, sempre compra bastante carne para casa, sendo este um dos itens que mais sofreu reajuste no mês de outubro na cesta básica do paraense. A Rosângela divide a casa com o marido e mais dois filhos e um genro, o que faz ela procurar sempre pelos preços mais acessíveis devido a quantidade de produto que precisa comprar. “Pesa no bolso se a gente for somar no final do mês. Uma opção que faço também é comprar no meio a meio”.

O cenário é de novas altas em preços favorecidas pela quebra de produção entressafra, fortes variações climáticas interferindo na qualidade de colheita e oferta dos produtos disponíveis, conforme afirma o supervisor técnico Everson Costa. “Até o final do ano teremos novos aumentos, então é importante que as pessoas possam pesquisar e buscar opções. Os reajustes estão sendo significativos acima da inflação e pesando no orçamento da maioria das pessoas. É uma notícia ruim porque a cesta básica impacta diretamente não só o custo de vida, mas a sobrevivência de milhares de paraenses e brasileiros que vivem com um salário mínimo.

Ainda segundo os dados do Departamento, para uma família composta por dois adultos e duas crianças, o desembolso total com gasto na cesta básica foi de R$ 1.947,70, sendo necessários, portanto, aproximadamente, 1,38 salário mínimo para garantir as necessidades mínimas do trabalhador e da família na aquisição dos alimentos básicos, levando em consideração o valor atual do salário mínimo de R$ 1.412,00.

Cesta básica em outubro

  • 1 - Feijão. Preço médio quilo: R$ 6,38. Aumento: 6,69%
  • 2 - Manteiga. Preço médio quilo: R$ 63,75. Aumento: 2,36%
  • 3 - Carne bovina. Preço médio quilo: R$ 36,70. Aumento: 1,44%
  • 4 - Leite. Preço médio litro: R$: 8,02. Aumento: 1,39%
  • 5 - Óleo de soja. Preço médio garrafa 900 ml: R$ 7,50. aumento: 1,35%
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