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Reajuste da mensalidade escolar chega a 15% em Belém

Em todo o Brasil, os reajustes para 2025 superam em mais que o dobro a inflação estimada em 4,50% para os últimos 12 meses, com aumentos entre 8% e 10%.

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Imagem ilustrativa da notícia Reajuste da mensalidade escolar chega a 15% em Belém camera Responsáveis pelos alunos precisam ser informados dos custos, detalhadamente, para justificar o reajuste. | Mauro Ângelo/Diário do Pará

As mensalidades escolares devem ficar mais caras em 2025, aponta estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA). Segundo o levantamento, em todo o Brasil, os reajustes superaram em mais que o dobro a inflação estimada em 4,50% para os últimos 12 meses, com aumentos entre 8% e 10%.

Em Belém, foram pesquisadas as mensalidades de cerca de 40 instituições de ensino, localizadas em diferentes bairros da cidade, tomando como base os valores para as faixas da educação infantil, ensino fundamental (I e II) e ensino médio. Em vários casos, reajustes que chegam a mais de 15% se comparado ao ano passado, de acordo com o Dieese Pará.

A mensalidade da educação infantil, por exemplo, varia entre R$380,00 a R$2.150,00. No ensino fundamental, esse valor oscila entre R$394,00 a R$2.250,00, e no ensino médio a mensalidade custa em média entre R$457,00 e R$2.200,00.

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O supervisor técnico do Dieese, Everson Costa, reforça algumas informações necessárias para os pais neste momento, principalmente para os trabalhadores que recebem salários que não acompanham a inflação. Primeiro que a Lei Nº 9.870/199, permite reajustes anuais com base em critérios específicos como: aprimoramento pedagógico, gastos com o pessoal, entre outros.

Mas os responsáveis precisam ser informados dos custos, detalhadamente, para justificar o reajuste. “Afinal de contas, quando os pais do aluno pagam uma mensalidade e, esse implemento didático pedagógico, por exemplo, se restringe apenas a uma estruturação física ou ampliação, ele está pagando pela prestação do serviço e o pai de aluno não é sócio da escola. Então, precisa ser minimamente mais detalhado, melhor explicado para que ele possa se planejar financeiramente”, ressalta.

Everson Costa também reforça que as instituições de ensino devem dar publicidade aos novos valores com antecedência, antes da data final para matrícula e rematrícula. Para quem quer garantir um desconto, o supervisor técnico garante que vale a pena negociar. Ele destaca que a quantidade de filhos matriculados na mesma escola é uma vantagem na hora de pedir descontos.

“Os pais que têm bom histórico de pagamentos também têm condições de abrir uma frente de conversa e buscar um desconto que melhor cabe no seu orçamento. Agora a negociação precisa ser feita às claras, não pode-se impor toda a negociação. Você faz sua parte e a escola faz a dela”, completa.

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