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INVESTIGAÇÃO

Acusados de fraude na prova do Enem são desligados da Uepa

Um deles, aluno do curso de medicina, é investigado pela Polícia Federal por fazer o exame em 2023 se passando por outros dois candidatos, no campus de Marabá, usando documentos falsos

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Imagem ilustrativa da notícia Acusados de fraude na prova do Enem são desligados da Uepa camera A Polícia Federal investiga outros crimes a partir da investigação | Divulgação

A Universidade do Estado do Pará (Uepa) oficializou os desligamentos de três estudantes universitários acusados de fraudarem o Enem, de acordo com investigações da Polícia Federal. Um dos envolvidos é André Rodrigues Ataide, acusado de fazer as provas do Enem 2023 se passando por outros dois candidatos. Os outros investigados que perderam suas vagas na instituição são Moisés Assunção e Eliesio Bastos Ataide.

O decreto publicado no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (5), homologou a anulação de inscrição nos processos seletivos de 2023 e 2024 dos envolvidos. E invalidou as disciplinas concluídas pelo trio, vetando a emissão de qualquer certificado para utilização como crédito em qualquer curso de graduação.

André Ataíde foi preso pela Polícia Federal no dia 29 de março, em Belém, durante a segunda parte da operação Passe Livre, deflagrada dia 16 de fevereiro deste ano, em Marabá.

Estudante de medicina, ele estava na casa de parentes na capital paraense quando foi capturado, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva por falsidade ideológica e uso de documento falso, além de estelionato com causa de aumento de pena (por ter sido praticado contra autarquia).

Na deflagração da operação, em fevereiro, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, mas ninguém havia sido preso. O alvo é suspeito de ter sido aprovado duas vezes no Enem (para curso de medicina), se passando por outras duas pessoas.

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Com base na nota no Enem conseguida através de fraude, essas duas pessoas foram aprovadas em medicina pela Universidade Estadual do Pará (Uepa) em Marabá, mas sem terem feito a prova.

A perícia da Polícia Federal constatou que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos inscritos nos processos seletivos do Enem. Para se passar por outros candidatos, o suspeito de fazer as provas pode ter usado documentos falsos. Ele também cursa medicina na Uepa de Marabá.

Durante a análise dos materiais apreendidos foram localizados diversos outros crimes como realização de inúmeras provas de vestibulares de medicina de faculdades particulares, falsificação de documentos como RG’s, cartões do SUS, atestados médicos, receitas médicas, produção de cena de sexo explícito com adolescente, etc.

Os crimes que não guardam conexão com crimes federais foram descobertos fortuitamente durante a análise de parte dos materiais apreendidos. As investigações seguem em andamento.

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