A instituição sociocultural Cinema Nosso conquistou outro importante reconhecimento. Em junho deste ano, a iniciativa foi uma das vencedoras da 12ª Edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, promovida pela instituição financeira com o intuito de valorizar ações que contribuem para solucionar problemas sociais. É a primeira vez que a premiação é feita em dinheiro.
Com o prêmio da Fundação Banco do Brasil, o Cinema Nosso vai levar jovens de periferias do Pará e do Rio de Janeiro para a COP 30 (30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas), que ocorrerá em Belém no próximo ano. Para se prepararem, os jovens participarão de capacitações voltadas para ações climáticas, produção audiovisual e direitos humanos, através do projeto “Levar a COP”.
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Para a diretora-executiva do Cinema Nosso, Mércia Britto, a realização da COP 30 em Belém do Pará, em 2025, é uma grande oportunidade para incentivar a educação ambiental entre os jovens da periferia. “O projeto é uma forma de aproximar as questões climáticas dos problemas que afetam diretamente a rotina de quem mora nas periferias e os jovens se comprometeram a discutir medidas de combate às mudanças climáticas e sugerir propostas concretas para serem implementadas em suas comunidades”, pontua.
“Precisamos entender no mundo político que os jovens estão muito atentos ao que está acontecendo e muito preocupados. São eles que terão que enfrentar os graves problemas que surgirão dentro de alguns anos. As periferias estão se adaptando há muito tempo para as consequências da crise ambiental e os jovens precisam ser ouvidos”, afirma.
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Com mais de 20 anos de experiência, essa instituição sociocultural se destaca como centro de inovação e tecnologia, dedicando-se a criar oportunidades de inclusão para jovens oriundos de favelas, comunidades periféricas e de outros espaços populares.
Mércia Britto explica que o projeto funcionará de forma remota e presencial. “Inicialmente, os selecionados irão participar de forma remota de oficinas, podcasts e formações, que irão trabalhar as questões climáticas, a produção audiovisual e os direitos humanos. Após isso, vamos promover um intercâmbio entre esses jovens de comunidades periféricas do Pará e do Rio de Janeiro, eu chamo de junção do paredão do funk com o paredão do brega”, diz.
“Essa troca de experiências e ouvir essa nova geração para a busca de soluções para os graves problemas que a nossa sociedade e o planeta enfrentam é necessária. Será dessa forma, que eles vão levar suas propostas, seus projetos para a COP 30”, conclui.
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