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ESTUPRO DE VULNERÁVEL

Menina de 14 anos é estuprada na Ilha do Marajó

De acordo com a Polícia Civil, a relação de proximidade entre o acusado e a vítima já acontecia há algum tempo

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Imagem ilustrativa da notícia Menina de 14 anos é estuprada na Ilha do Marajó camera Evailson Castor de Lima é o principal suspeito de cometer o crime | Reprodução/PCPA

É como tirar parte da vida de uma criança ou adolescente. O crime de estupro de vulnerável, além de ser o que há de pior na violência contra jovens, pode gerar danos significativos na vida da vítima passados vários anos de um crime. Esquecer é muito difícil.

Um homem foi preso suspeito de cometer o crime de estupro de vulnerável contra uma jovem de 14 anos no município de Santa Cruz do Arari, situado no Arquipélago do Marajó.

O fato ocorreu durante a madrugada desta terça-feira (2), no bairro Boa Vista. Após denúncia do Conselho Tutelar, equipes da Polícia Militar do Marajó Oriental, através do Comando de Policiamento Regional XI (CPR XI), conseguiram capturar o suspeito. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil do município onde se encontra à disposição da justiça.

O nome dele será suprimido da reportagem em respeito à vítima e à família dela, uma vez que através da identificação dele, ela também pode ser identificada.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, 320 jovens são exploradas sexualmente a cada 24 horas. Os casos podem ser ainda maior, já que apenas sete em cada 100 casos são denunciados. Ainda conforme o estudo, cerca de 75% das vítimas são meninas e, em sua maioria, negras.

Amparo do Conselho Tutelar

A menina de 14 anos foi encaminhada a uma unidade médica para fazer os procedimentos necessários e segue sob o amparo da assistência social de Santa Cruz do Arari. O caso está sendo investigado.

De acordo com a Polícia Civil, a relação de proximidade entre o acusado e a vítima já acontecia há algum tempo.

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É preciso denunciar

Segundo Elenir Braga, que integra a coordenação do Fórum de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes do Estado de Minas Gerais, o principal desafio para a identificação do crime é a falta de denúncias.

“Essa proximidade dificulta que as crianças e adolescentes reportem os abusos, seja por medo de represálias ou por não compreenderem completamente a natureza do abuso. Além disso, o sistema de justiça enfrenta dificuldades em responder adequadamente quando os casos são denunciados”, disse em entrevista ao site Brasil de Fato.

Números preocupantes

Em 2024, até o momento, foram registradas 11.692 denúncias relacionadas à violência sexual desse público no Brasil. O número é do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.

Disk 100

O canal de denúncia da Mulher, Família e dos Direitos Humanos é um serviço de proteção a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Ele funciona diariamente, das 8h às 22h, e qualquer pessoa pode prestar uma queixa, seja menor ou maior de idade. O serviço também recebe denúncias que envolvem violação de direitos de grupos considerados vulneráveis, como minorias e a comunidade LGBTQ+.

Ao fazer a ligação, você relata o caso e eles registram sua denúncia. Ela é encaminhada para o órgão responsável e depois há um monitoramento do Disque 100, que entra em contato para dizer os próximos passos. A chamada é gratuita e em hipótese alguma o denunciante terá a identidade revelada.

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