De acordo com o boletim informativo da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), emitido na última segunda-feira (8), nos últimos quatro meses foram notificados 1.827 casos de dengue na capital paraense, sendo 967 positivos, 186 em análise e 674 casos descartados.
O número de casos positivos para a dengue aumentou em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo o chefe da Divisão de Controle de Endemias (DCE) da Sesma, Alberto Rodrigues, no mesmo período em 2023 foram notificados 438 casos, sendo 187 confirmados. Em Belém, os três bairros com maior registro da doença são: Guamá, com 117 casos; Cremação com 69 e Pedreira com 66 casos registrados.
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Rodrigues alerta que, devido à grande incidência de chuvas, somado ao acúmulo de água, é primordial que a população tome medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. “É essencial evitar água parada em recipientes, evitando assim o nascimento do mosquito. Mas, se você for armazenar água, por exemplo, é importante estar tampando, manter sempre a caixa ou recipiente fechado”, orienta.
Cerca de 75% da transmissão da doença ocorrem dentro de casa. Por isso, o chefe da DCE salienta que o quintal também merece atenção. Mantê-lo limpo, recolher o lixo e detritos em volta da casa, assim como manter as lixeiras tampadas, são medidas de prevenção. “Prestar atenção nos objetos que podem acumular água e estar atento à coleta de lixo domiciliar também são formas de evitar a proliferação do mosquito”, pontua.
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Vale ressaltar que, caso a pessoa tenha sintomas como febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, manchas vermelhas no corpo e falta de apetite, ficar em casa e se automedicar não é seguro. A orientação é sempre procurar atendimento médico imediatamente.
PARA ENTENDERO que é a Dengue?
Ela é causada por um vírus transmitido pela fêmea do Aedes aegypti, um mosquito urbano e diurno que se reproduz em depósitos de água parada. A doença pode se manifestar de forma benigna ou maligna, dependendo de alguns fatores. Entre eles, estão o vírus e a cepa envolvidos, infecção anterior pelo vírus da dengue e presença de doenças pré-existentes, como diabetes, asma brônquica e anemia falciforme.
Sintomas
Os sintomas de dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre cinco a sete dias. Os sintomas clássicos são: febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, diarreia, dor de cabeça ou ao redor dos olhos e dores musculares e nas articulações. Porém, o paciente pode entrar na chamada fase crítica após três a sete dias do início dos sintomas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A dengue é uma doença dinâmica e pode evoluir rapidamente de uma fase para outra.
Tratamento
Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue. Faz-se apenas o uso de medicamentos para os sintomas da doença e alguns cuidados básicos no dia a dia, como: repouso, reposição de líquidos, principalmente recorrendo ao soro caseiro em casos de vômitos, uso correto dos medicamentos indicados.
Fontes: Ministério da Saúde e Minha Vida Saúde
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