O mau uso do fone de ouvido pode provocar surdez?! Entenda!

O fone de ouvido tornou-se um dispositivo indispensável no nosso dia-a-dia, tanto para ouvir músicas, trabalhar ou jogar. São muitos motivos que fazem desse objeto um aliado na rotina de muita gente. Por outro lado, o uso prolongado e abusivo de fones de ouvido pode prejudicar a saúde auditiva de uma população cada vez mais jovem, mais precisamente entre 12 e 35 anos.

Por muitos anos, a perda de audição era associada ao envelhecimento com idade acima de 65 anos, com o avanço da tecnologia essa estatística mudou. Segundo dados de 2021 da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 2,5 bilhões de pessoas podem sofrer com algum tipo de perda auditiva até 2050. E o número entre a população jovem pode chegar a 1,1 bilhão.

Dr. Paulo Fontelles, médico Otorrinolaringologista explica que o fone de ouvido em si não costuma dar problemas de audição, e sim, o uso inadequado desse dispositivo. Ele também afirma que apesar de já existir fones extremamente desenvolvidos e modernos “é necessário utilizar com parcimônia”.

O profissional acrescentou que “os ouvidos sofrem lesões temporárias e permanentes quando essa exposição é prolongada ou quando a intensidade é muito elevada. O tempo de exposição seguro ao ouvido humano é de 8 horas para 80 decibéis, e a cada aumento de 3 decibéis o tempo de exposição deve diminuir pela metade. Ou seja, 83 decibéis por 4 horas”, explica.

A perda auditiva induzida pelo ruído apresenta uma predisposição individual. Há pessoas com estímulos sonoros mínimos, que já evoluem com traumas auditivos irreversíveis. A exposição ao barulho é acumulativa durante o dia, a vários estímulos da sociedade como trânsito, fogos, liquidificadores, máquinas industriais entre outros.

PROFISSÕES EM QUE CUIDADOS DEVEM REDOBRAR:

De acordo com Leonardo Mendes Acatauassú Nunes, médico Otorrinolaringologista, o uso diário do fone de ouvido envolve cuidado, principalmente em relação ao volume do som, ele chamou atenção para quem precisa trabalhar usando o dispositivo.

“Trabalhadores da segurança que muitas vezes utilizam ponto de ouvido direto, funcionários de telemarketing, atendentes e secretários que usam fone o tempo todo para falar ao telefone. A recomendação é que, haja sempre um revezamento dos lados utilizados, por exemplo: 1 hora ou 2 horas um lado e depois revezaria para o outro lado. Em caso de impossibilidade, o correto é que se utilize por 2 horas seguidas e se realize um intervalo de descanso desses fones de ouvido de pelo menos 30 minutos. O volume é muito difícil de estabelecer em termos numéricos, porque cada aparelho vai variar”, explica.

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A importância de higienizar o fone de ouvido

Além dos cuidados com a exposição aos ruídos, é necessário ficar atento à higiene dos dispositivos. O fone deve ser um utensílio pessoal, pois podem ser vetores de transmissão de microorganismos que podem levar a otites externas. Ainda se faz necessário higienizar rotineiramente os fones de ouvidos para evitar a cultura desses microorganismos. O ouvido é escuro, levemente úmido e não ventilado, ambiente propício à proliferação de germes e bactérias

“A higiene do fone de ouvido é fundamental, pois vai proteger principalmente as doenças da pele, lembrando que o nosso fone de ouvido vai ficar em contato com a pele do ouvido, tanto os de inserção como os de concha que tem o abafador", alerta o Dr. Leonardo.

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FONES MENOS PREJUDICIAIS

O Dr. Leonardo explica que, o modelo do fone tem influência na saúde da audição, e o ideal seria aqueles com boa capacidade de abafamento de ruídos externos.

“Então, muitas das vezes, o fone de ouvido ideal, seria aquele fone de ouvido tipo concha que tem o abafador, que abafaria os sons externos impedindo que não aumente muito o volume, na maioria das vezes o que acabaria acontecendo pelos danos causados pelo fone de ouvido, é que se utiliza fones inadequados, fones muito pequenos só de introdução na orelha, e o ambiente que é muito ruidoso e você acaba precisando aumentar muito o volume da música”, diz.

Para o Dr. Paulo Fontelles, os fones de origem sabidamente de marcas liberadas pelos órgãos e agências de controle de qualidade dos equipamentos eletrônicos são os fones que devem ser utilizados. “O fone sem esse controle, muitas vezes mais em conta, não dispõe da segurança no controle da qualidade de saída de intensidade”, revela.

OS MAIS PREJUDICIAIS

Os fones de ouvido que quase não vedam, são considerados mais prejudiciais à saúde auditiva, “muitas vezes fones genéricos que a gente recebe no avião ou outros mais simples e que são mais duros e quase que não encaixam no nosso condutor auditivo. Eles acabam por vedarem menos o som externo fazendo com que nós precisemos aumentar o volume para poder ouvir adequadamente”, explica Leonardo.

PREVENÇÃO

O volume elevado decorrente dos fones de ouvido é a maior causa da perda auditiva. Especialistas alertam que ouvir música no nível de som adequado para cada faixa etária ainda pode ser menos prejudicial para a saúde auditiva. Utilizar fones de ouvido de marca confiável e evitar os objetos piratas. Procurar identificar no manual o máximo de intensidade de saída.

Para os adultos, por exemplo, ouvir músicas com o nível de som abaixo dos 80 decibéis, por até 40 horas por semana é seguro. No caso de crianças, o índice indicado cai para 75 decibéis. Ouvir menos de 60% da capacidade máxima de áudio, é o volume ideal para os fones de ouvido. Se possível, o aparelho deve estar ajustado e ter cancelamento de ruído como os fones que cobrem toda a orelha.

Sinais de perda auditiva devido ao uso inadequado do fone de ouvido

Os sinais iniciais são de zumbidos, necessidade de aumentar a intensidade do som a fim de manter a mesma percepção auditiva. A pessoa que apresenta dificuldade de compreensão das palavras, principalmente em ambientes ruidosos, suspeita de surdez, desequilíbrio com uso frequente de fones deve procurar um médico especialista imediatamente.

Marcel Wilker Araújo Formigosa, de 48 anos, é editor multimídia, operador de audiovisual e DJ desde os 14 anos de idade. Os períodos extensos em ambientes fechados e expostos a altos volumes comprometeu sua saúde auditiva, durante uma conversa para o nosso portal, ele contou que sente as consequências da lida diária.

“Fico exposto ao som alto em média de 5 a 6 horas por dia de evento. Percebi numa noite em casa trabalhando que não conseguia escutar uma nota de um instrumento, aí fui fazer um exame audiômetro que constatou uma pequena perda de frequências mais altas em um dos ouvidos”, relatou.

Marcel contou também que sente dificuldades para compreender quando está conversando com as pessoas, e muitas vezes precisa ouvir de perto para entender. Hoje, devido a essa condição, ele faz acompanhamento com um otorrinolaringologista de 6 em 6 meses para controle e precisou regrar o tempo com o uso do fone de ouvido.

“Quando uso muito fone ou em um evento devido a exposição ao som alto, no final sempre fica aquele zumbido e eco no ouvido”, acrescentou.

Tratamento

O tratamento é decorrente da identificação de possíveis transtornos que devem ser primeiramente para prevenir as lesões permanentes. E quando já instaladas, são utilizadas diversas alternativas terapêutica afim de neutralizar ou minimizar as consequências desses transtornos (medicações, aparelhos de amplificação, terapia de apoio

Alerta

Cuidado em utilizar em vias públicas (riscos de atropelamento, a somatização com o barulho do trânsito). Não deitar com fones de ouvido. O fone foi feito para nos levar estímulo sonoro, o uso inadequado (som alta intensidade ou por período prolongados) levam à prejuízos à saúde

Avanço da tecnologia e o mercado

Estamos testemunhando uma nova era onde a tecnologia tem o poder de impactar todos os aspectos da sociedade. A tecnologia abre caminhos para pensar no bem-estar de usuários que necessitam de recursos digitais. Além dos investimentos tecnológicos, há também, pesquisas que prometem reverter a perda auditiva com terapia regenerativa, como é o caso de uma pesquisa de 2022 de cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), de Massachusetts, nos Estados Unidos.

A empresa usa pequenas moléculas para programar células progenitoras, descendentes de células-tronco do ouvido interno, para criar as minúsculas células ciliadas que nos permitem ouvir. Se já estamos no futuro? Talvez! O que não podemos negar é que, os recursos estão bem mais avançados nos permitindo consumir tecnologia com segurança em 2024.

Investir em fones de ouvido de marcas que, acima de tudo, se procuram com a saúde auditiva de seus consumidores é a melhor opção para quem não vive sem esse dispositivo, com o avanço da tecnologia, hoje existem milhares de opções que podem proporcionar uma melhor experiência sonora e segura ao usuário. Empresas que investem em medidas e intervenções com o intuito de melhorar a saúde auditiva e assim, adaptando-se ao atual contexto econômico social, como faz a Huawei que é uma empresa chinesa multinacional de equipamentos para redes e telecomunicações, desse assunto, digamos que ela entende muito bem, pois é uma das empresas que mais investem em tecnologia.

No mercado desde 1987, a Huawei também se tornou uma grande investidora em pesquisa no mundo. As inovações fazem parte do investimento da multinacional que só em 2022, investiu US$ 23,2 bilhões na área, representando 25,1% da receita anual. A empresa investe em acessórios que entregam conforto, tecnologia e durabilidade.

Dicas para conservar a audição

• Regule o volume do fone na escala intermediária (exemplo, se a capacidade for de 0 a 10, o ideal é 5);
• Intervalos de repouso sonoro, preferencialmente de 1 a 2 horas por dia;
• Alterne o uso entre o ouvido esquerdo e direito; Caso utilize apenas um lado do fone;
• Caso sinta dor, abafamento, zumbido (chiado ou apito) ao retirar o fone, fique em alerta, esses são sinais de super estimulação;
• Dê preferência ao uso dos modelos estilo concha, eles tendem a prejudicar menos que os fones de inserção.

Repórter: Brenda Hayashi

"Paraense e formada em Comunicação Social (Jornalismo), Brenda Hayashi é uma pessoa antiquaria colecionadora de discos de vinil, apaixonada por antiguidade e apreciadora de músicas das décadas de 60, 70, 80 e 90. Repórter do DOL desde janeiro de 2022, ela gosta de escrever sobre assuntos relacionados à moda, entretenimento e cultura".