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PROTESTO EM ABAETETUBA

Família diz que recebeu atestado de óbito de bebê ainda vivo

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o protesto da família da criança, que alega ter recebido atestado de óbito de uma bebê que supostamente ainda estava viva e teria se mexido durante o velório.

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Imagem ilustrativa da notícia Família diz que recebeu atestado de óbito de bebê ainda vivo camera Família da bebê levou caixão com corpo para a UPA de Abaetetuba e cobraram respostas sobre possível erro em laudo | Reprodução

Na internet não faltam registros de casos chocantes em que uma pessoa considerada morta na verdade estava viva e chega a ter que lutar para sobreviver em meio aos procedimentos póstumos. Alguns destes casos ocorreram por falhas médicas e outros não possuem explicações mais aprofundadas. Felizmente esta situação é considerada rara, mas é possível de acontecer.

Em Abaetetuba, nordeste do Pará, a família de uma bebê de seis meses denuncia que recebeu um atestado de óbito sem a criança realmente estar morta. Por esse motivo, os familiares decidiram fazer um protesto nesta terça-feira (5) na entrada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município para cobrar esclarecimentos sobre a suposta falsa constatação da morte.

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O caso gerou polêmica na região. Segundo a versão da família, a criança teria se mexido e chorado durante o velório realizado na manhã desta terça, horas antes de ser sepultada. Ainda no caixão, a bebê foi levada para a UPA de Abaetetuba. Segundo o laudo médico, a morte foi provocada por uma obstrução intestinal.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o tumulto que o protesto provocou na entrada da UPA. A família, desesperada e revoltada, grita por explicações. Algumas pessoas chegam a depredar a área de atendimento e espera dos pacientes. A Polícia Militar foi acionada para intervir na confusão.

Segundo a prefeitura do município, não restavam dúvidas sobre o óbito da criança antes da liberação do corpo feita pela Unidade de Pronto Atendimento.

"Lamentamos profundamente a perda da família e afirmamos que foram empreendidos todos os esforços no sentido de salvar a vida da paciente, bem como, foi realizado todo o protocolo para que o óbito fosse atestado, não restando dúvida sobre a condição, posteriormente confirmada pela equipe do Hospital Regional Santa Rosa", afirmou a administração municipal em nota.

A prefeitura esclareceu que houve o registro de um Boletim de Ocorrência junto à Delegacia de Polícia Civil do município e que acionou o Insituto Médico Legal para fazer a perícia no corpo da criança. O DOL entrou em contato com a Sespa para falar sobre o caso e ainda não obteve retorno.

VEJA OS VÍDEOS:

Reprodução
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REFLEXO DE LÁZARO

Na medicina, o Sinal de Lázaro é um movimento reflexo que pessoas com falência ou morte cerebral podem apresentar, fazendo com que possam mexer os braços e apresentarem outros sinais de vida. Muitas vezes, quando este tipo de reflexo ocorre em velórios, os presentes ficam assustados e sugerem que a pessoa ainda está viva.

O assunto chegou a ser comentado pela Prefeitura de Abaetetuba na nota que esclarece sobre o caso. De acordo com a gestão municipal, "é comum a impressão de sinais vitais e movimentos após o óbito devido ao armazenamento de energia, além de sofrer influência de outros fatores, como temperatura ambiente - o que pode ter causado o referido episódio".

SUPOSTAS MOTIVAÇÕES POLÍTICAS

A Prefeitura alegou que o ocorrido na UPA pode ter sido provocado "por pessoas com pretensões políticas, que usaram a dor de uma família para manipular as suas ações, levando-as ao extremo de ameaçar servidores e demonstrar intenção de depredar o patrimônio público".

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