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INCLUSÃO

Povos originários deverão ter incentivo financeiro

Governo Federal estuda a criação de um incentivo financeiro para que os povos tradicionais tenham capacidade de investir em iniciativas de geração de renda relacionadas a bioeconomia, bioindústria e cooperativismo.

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Imagem ilustrativa da notícia Povos originários deverão ter incentivo financeiro camera Público participou do segundo dia dos Diálogos Amazônicos, em Belém. | (Mauro Ângelo)

O governo federal estuda a criação de um incentivo financeiro para que os povos tradicionais tenham capacidade de investir em iniciativas de geração de renda relacionadas a bioeconomia, bioindústria e cooperativismo, com o objetivo de agregar mais valores aos produtos da floresta e promover mais autonomia a esses povos, bem como a inclusão produtiva. A informação foi dada pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado, 5, durante o segundo dia de programação dos Diálogos Amazônicos, no Hangar Convenções & Feiras da Amazônia.

Ela se referiu à novidade como sendo uma espécie de “pró-floresta” ou “plano Safra para populações tradicionais”, argumentando que já a opções semelhantes para grandes e médios agricultores e também para a agricultura familiar.

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“São mais de 100 mil familias de povos tradicionais, que incluem os seringueiros, pescadores, quebradores de coco, babaçueiros, no Brasil já há uma infinidade de povos que podem ser beneficiados pelo Bolsa Verde, que realiza o pagamento por serviços ambientais para além do trabalho que já é feito por esses trabalhadores dentro das reservas extrativistas. Agora estamos estudando esse novo plano para que essas populações possam ter como investir e ampliar aquilo que fazem”, antecipou Marina.

Participaram ainda da coletiva as ministras Anielle Franco, da Igualdade Racial (MIR), e, Cida Gonçalves, das Mulheres, e a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, Joênia Wapichana. Esta última reforçou que as mulheres indígenas tem muito a contribuir e querem contribuir com as pautas estratégicas para enfrentamento das problemáticas que envolvem a Amazônia.

“Como representante da Funai, digo que estamos preocupados justamente com essa discussão no sentido de garantir foco nessa diversidade que existe na região, em assegurar o que já está na lei sobre nossos direitos coletivos, mas tendo esse olhar especifico de que as mulheres têm muito a contribuir fazendo alertas, trazendo suas ideias proposições”, destacou Joênia.

A titular da Funai reforçou ainda que as indígenas historicamente levam como prioridade a pauta da proteção à terra, que consequentemente significa proteção dos mananciais de água, do solo, da floresta em pé, dos valores indígenas e conhecimentos tradicionais.

Por sua vez, Cida Gonçalves fez um adendo à fala de Joênia para falar do projeto Mulheres Guardiãs, elaborada pelo Ministério das Mulheres, e que envolve a abertura da Casa da Mulher Brasileira para atender também indígenas vítimas de violência.

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