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Muitas dívidas? Veja quais devem ser priorizadas

No ranking nacional de recuperação de crédito, o Estado do Pará se destaca em 8º lugar, com 64,4% das dívidas prioritárias quitadas entre os valores de R$ 500 e R$ 1 mil. Educador financeiro dá orientações

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Imagem ilustrativa da notícia Muitas dívidas? Veja quais devem ser priorizadas camera Especialista em educação financeira destaca que analisar os riscos e os benefícios para o uso racional do dinheiro são elementos cruciais para se livrar das dívidas | FOTO: Freepik/divulgação

De acordo com o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, os brasileiros conseguiram regularizar 61,3% das contas atrasadas em até 60 dias no último mês de março. O levantamento revela que as dívidas prioritárias foram aquelas cujos valores ficaram entre R$ 500 e R$ 1 mil, montante que representa pouco mais de 68% do total.

Em relação ao ranking nacional de recuperação de crédito, o Estado do Pará se destaca em 8º lugar, com 64,4% das dívidas prioritárias quitadas, levando em consideração os valores mencionados anteriormente. Os setores mais atendidos foram os bancos e cartões, com 72,6% das dívidas sanadas, seguido pelos serviços públicos, como água, energia e gás, com 63,3%.

Diante desses dados, especialistas afirmam que a educação financeira desempenha um papel crucial na melhoria da qualidade de vida e na redução do estresse financeiro da população. Especialistas enfatizam que ter uma relação saudável com o dinheiro não apenas resulta em uma conta bancária mais saudável, mas também afeta positivamente a qualidade de vida como um todo.

Segundo Nélio Bordalo, especialista em educação financeira, compreender como funcionam as finanças é um processo no qual o indivíduo enxerga melhor seus rendimentos. “O assunto remete logo a ‘aprender a cortar gastos, economizar ou juntar dinheiro’, mas não é isso. Trata-se de uma ferramenta para perceber quais as prioridades e como manter as contas equilibradas”, explica.

Bordalo destaca ainda que analisar os riscos e os benefícios para o uso racional do dinheiro são elementos cruciais para se livrar das dívidas. “São pontos que fazem diferença, principalmente quando planejamos os gastos e investimentos. Mas, os brasileiros não têm uma cultura financeira saudável e quase sempre estão com orçamento apertado, então é preciso mudar esse pensamento”, pontua.

MOTIVOS

Segundo o SPC Brasil, o número de devedores com maior representatividade está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,83%), correspondendo a pouco mais de 16 milhões de pessoas registradas em cadastros de devedores. Tal montante equivale a 47,05% do total deste grupo etário. A inadimplência segue bem distribuída entre os sexos: 50,87% de mulheres e 49,13% de homens.

O educador financeiro revela que algumas contas devem ser priorizadas para o sucesso do nome limpo. “Dívidas com juros elevados, por exemplo, as do cartão de crédito, cheque especial e carnês de lojas, devem ser vistas com carinho. Sempre negociando em valores para que caibam no orçamento, pois além da parcela, as outras contas normais do orçamento devem ser pagas também”, orienta Nélio.

“É necessário realizar sacrifícios para sair das dívidas, portanto, evitar o uso de muitos cartões de crédito, ou o uso dessa ferramenta com responsabilidade pagando sempre o valor total e não o mínimo da fatura. Reduzir despesas com lazer e eliminar as despesas com supérfluos. Envolver a família nesse processo e conscientizando todos dessa missão”, conclui o especialista.

Saiba mais

- Para ajudar quem está em busca de terminar este ano com o nome limpo na praça, o especialista em finanças, Nélio Bordalo, apresenta dicas para a população sobre como desenvolver a prática da boa gestão do dinheiro, principalmente junto com a família.

- Planejamento financeiro, com uso de planilhas de orçamento mensal, controlando as despesas dentro da renda familiar;

- Evitar compras desnecessárias;

- Criar uma reserva de emergência, com investimentos em produtos financeiros, reservando para isso entre 5% e 10% da renda mensal;

- Ter controle emocional para não realizar compras de produtos que estejam em promoção, pois muitas vezes não está precisando daquele determinado produto, mas acaba comprando pois está com desconto;

- Ter uma outra fonte de renda, dentro das possibilidades de tempo e conhecimento ou habilidade que domina.

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