O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou o dono da tirolesa em que o turista paraense Sérgio Murilo Lima de Santana, de 39 anos, morreu após cair do equipamento. O trágico acidente ocorreu na Praia de Canoa Quebrada, litoral do Ceará, no dia 10 de outubro de 2022.
O dono do aparelho de tirolesa não teve a identidade revelada. O MPCE formalizou a denúncia contra o proprietário nesta quarta-feira (24), por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Segundo a promotora do MPCE, Nara Rubia, há diversas evidências que apontam a total falta de cuidados do proprietário da tirolesa.
"Foi constatado que o proprietário teve o descuido na instalação das colunas de sustentação do brinquedo, colocando em tamanho incompatível com o seu funcionamento devido, com o que se exigia para o seu funcionamento. O proprietário do brinquedo agiu com negligência, ao ignorar que o risco da conduta dele poderia ocasionar e foi isso que aconteceu nesse caso, a morte do turista", explicou a promotora.
No entanto, a família do paraense contesta essa decisão. De acordo com os advogados dos familiares, a defesa vai trabalhar para que o dono tirolesa seja condenado por homicídio com dolo eventual.
"Ao nosso ver, a tipificação correta seria de homicídio com dolo eventual, haja vista que na manifestação do próprio Ministério Público, eles relatam uma série de condutas desidiosas, condutas descuidadas do dono da tirolesa", afirmou um dos advogados da família.
Relembre o caso:
Sérgio Murilo era natural de Belém e caiu após a viga de sustentação romper enquanto ele andava na tirolsa. O acidente foi todo filmado pela própria vítima, que estava câmera enquanto descia pelo equipamento.
Ele ainda foi socorrido e encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas chegou morto ao local.
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