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Feira da Reforma Agrária segue até hoje em São Brás

Os visitantes podem adquirir produtos oriundos da agricultura familiar, produzidos nos assentamentos do MST em várias partes do estado. O evento ocorre anualmente em alusão ao Massacre de Eldorado dos Carajás

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Imagem ilustrativa da notícia Feira da Reforma Agrária segue até hoje em São Brás camera A feira e o acampamento estão montados na Praça Floriano Peixoto, em frente ao Mercado de São Brás | : Mauro Ângelo / Diário do Pará

Cerca de 200 trabalhadores rurais participam da VII Feira da Reforma Agrária Popular, que este ano tem como tema “Contra a Fome e a Escravidão: Por Terra, Democracia e Meio Ambiente”. A programação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou na última segunda-feira (17) e segue até amanhã, encerrando a partir das 14h. A feira e o acampamento estão montados na Praça Floriano Peixoto, em frente ao Mercado de São Brás, em Belém.

No local, os visitantes podem adquirir produtos oriundos da agricultura familiar, produzidos nos assentamentos do MST em várias partes do estado. É possível encontrar desde frutas, até farinha, feijão, goma de tapioca, polpas de frutas, artesanato, plantas, entre outros.

O evento ocorre anualmente em alusão ao Massacre de Eldorado dos Carajás, em 17 de abril de 1996. Todos os anos, o MST organiza caravanas que vêm a Belém com o objetivo de promover debates, discussões e programações culturais voltadas às filosofias do movimento, que são a promoção da reforma agrária, a construção coletiva e participativa e a defesa do território amazônico contra o trabalho escravo, pela paz no campo e preservação da floresta amazônica.

“Nosso objetivo principal é trazer para a capital do estado o MST com o que ele faz, que é lutar pela terra para ter a reforma agrária. E o resultado de tudo isso é a produção de alimentos que vão para a mesa dos trabalhadores. Temos 200 pessoas no total participando dos debates, além da exposição dos produtos. A gente inclusive diz para a sociedade vir aqui conversar com o MST”, informou Jane Cabral, membro da coordenação nacional do MST no Pará.

“A feira faz parte do abril vermelho para lembrar os 19 trabalhadores de Eldorado dos Carajás. Agora a gente traz como luta para dizer que não queríamos que as suas vidas fossem tiradas, mas estamos aqui continuando a luta pela terra”, pontua.

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Ao todo, a feira conta com 60 expositores. Dentre eles está Alcinete Gomes, 44, produtora rural do assentamento no município de Santa Bárbara. “Participo todo ano da feira. É um incentivo para o produtor. Toda semana tem também uma feira no condomínio Bela Vista, na Mário Covas. A gente comercializa frutas, tem coco, açaí, abóbora, cupuaçu, mamão, polpa, tapioca, farinha, doce de leite, manteiga. Ajudamos aquelas pessoas que têm dificuldade para vir. Então, é importante para a gente”, afirma.

Serviço

A VII Feira da Reforma Agrária Popular encerra hoje (20), a partir das 14h. A feira e o acampamento estão montados na Praça Floriano Peixoto, em frente ao Mercado de São Brás, em Belém. A programação ocorrerá ao longo dia e a visitação é gratuita.

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