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LUTO

Jornalismo paraense perde Guilherme Barra

Jornalista comandou o DIÁRIO DO PARÁ por vários anos e deixa trabalhos relevantes ao jornalismo.

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Imagem ilustrativa da notícia Jornalismo paraense perde Guilherme Barra camera Guilherme Barra foi diretor de redação do jornal DIÁRIO DO PARÁ. Ele morreu aos 80 anos. | Reprodução

O jornalismo paraense perdeu nesta quinta-feira (1º), o talento e a competência de Guilherme Barra. O jornalista tinha 80 anos e deixou relevantes serviços prestados ao jornalismo paraense. O velório de Guilherme Barra está acontecendo na capela funerária Max Domini, na avenida José Bonifácio, no bairro do Guamá, e vai até às 15h30.

Guilherme Barra foi diretor de redação do jornal DIÁRIO DO PARÁ a partir de novembro de 1986 até 2004. Depois, seguiu colaborando com o Grupo RBA por muitos anos.

"Foi um grande companheiro, um amigo, o primeiro diretor de redação com quem trabalhei no DIÁRIO, a quem sou grato por todos os seus ensinamentos. Que Deus o receba de braços abertos!", disse o presidente do Grupo RBA, Jader Filho.

"Guilherme Barra deu grande contribuição ao jornalismo, uma pessoa leal. Lamento muito a perda de Guilherme Barra", declarou o vice-presidente do Grupo RBA, Camilo Centeno.

DIÁRIO DO PARÁ celebra 40 anos de fundação

O jornalista concedeu sua última entrevista ao DIÁRIO por conta das comemorações dos 40 anos do jornal. "Já havia trabalhado pelos três jornais mais antigos do estado na época. Mas foi no DIÁRIO DO PARÁ que pela primeira vez cheguei ao posto máximo em uma Redação, naquele tempo chamado Editoria Geral", lembrou ele, em entrevista publicada no último final de semana, na edição especial do jornal.

Com ele no comando, o DIÁRIO teve sua primeira grande virada antes de se consolidar, anos depois, como o jornal mais lido do Norte do País, posição mantida até hoje.

"O grande desafio foi comandar a transformação do jornal, tornando-o uma publicação com conteúdo mais qualificado e mais plural. Além de mudanças no layout dos cadernos do jornal, novas tecnologias gráficas, houve grandes mudanças no conteúdo editorial com a contratação de colunistas de renome nacional, a contratação de novos profissionais locais e lançamento de cadernos, alguns inovadores na imprensa regional. Claro que essas mudanças e os investimentos foram realizados com o aval dos diretores que, sem dúvida, impulsionaram o crescimento do jornal e do grupo, hoje um dos maiores do segmento da comunicação do Norte e Nordeste", declarou Barra, na entrevista.

Ainda na entrevista, Barra reforçava o potencial do jornal impresso como fonte confiável na checagem de informações, apesar do surgimento de várias plataformas.

"Mesmo com o avanço da tecnologia que hoje permite a divulgação de notícias em tempo real, o jornal impresso ainda representa uma grande fonte de informação para a sociedade. Como forte meio de comunicação, seus cadernos e colunas segmentadas contribuem para a leitura de públicos específicos, permitindo ao leitor formar suas próprias opiniões, o que mostra também a importância da imprensa para o debate democrático", finalizou.

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