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Preço da farinha não para de subir. Veja os reajustes

Cada ida ao supermercado tem custado mais caro para as famílias paraenses, já que alimentos e itens básicos do lar constantemente sofrem reajustes. Diferenças entre marcas pode chegar a 20% do valor

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Imagem ilustrativa da notícia Preço da farinha não para de subir. Veja os reajustes camera A farinha teve reajustes seguidos ao longo do primeiro semestre. | Wagner Almeida / Diário do Pará

Além do combustível, do leite e da carne bovina, os paraenses também sentem o bolso pesar na compra de outros alimentos bastante consumidos, a farinha de mandioca e o arroz. E até os produtos de limpeza subiram.

Segundo pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o preço do quilo da farinha de mandioca comercializada em feiras livres e supermercados de Belém continua caro, mesmo com a estabilidade de valores verificada este ano.

A trajetória de preços do quilo da farinha nos últimos 12 meses não foi uniforme e teve a seguinte disposição: em julho de 2021, o quilo do produto custava em média R$ 7,16 e encerrou o ano passado a R$ 7,23. No início deste ano caiu para R$ 7,07. Em maio deste ano foi vendido a R$ 7,21. Um mês depois chegou a R$ 7,22 e em julho saltou para R$ 7,26.

Com isso, no mês passado, o preço do quilo da farinha apresentou uma pequena alta de 0,55% em relação ao preço médio verificado no mês anterior. Entretanto, nos sete primeiros meses deste ano, o produto apresentou alta de 0,41%. Já nos últimos 12 meses houve reajuste acumulado de preço de 1,40%.

O Pará continua sendo um dos maiores produtores da mandioca, um dos principais ingredientes na fabricação da farinha. Nos últimos anos, segundo o Dieese/PA, o quilo do produto ficou muito caro.

As causas desses aumentos no preço da farinha e de outros produtos básicos na mesa dos paraenses são muitos e passam por uma série de fatores estruturais dentro da cadeia produtiva até a comercialização. A maior quantidade da farinha consumida na Grande Belém vem de municípios próximos da capital como Castanhal, Capanema e Bonito. Porém, mais da metade da produção é artesanal.

RECLAMAÇÕES

Na Feira da Pedreira, consumidores e vendedores percebem o aumento no preço do produto. “Consumo bastante farinha em casa como bom paraense. Eu gosto de uma especial que ela tem, feita com macaxeira. Estava sendo vendida por R$ 10 o litro e a vendedora acabou de me informar que teve reajuste, agora está R$ 12. Mas continuo comprando por gostar demais do produto em minhas refeições junto a minha família”, contou Marco Antônio, 55, bombeiro militar.

Izanildo Tavares, 45, açougueiro, consome bastante farinha em casa. “Estou acompanhando o aumento, mas espero sempre ter meu dinheirinho para comprar. Eu gosto da farinha ‘biscoito’, só agora comprei cinco quilos e gastei R$ 40. Só dá para três dias em casa essa farinha”, revelou.

A vendedora Bethânia Almeida, 46, que trabalha com farinha há 26 anos na Pedreira, tenta segurar os valores para não perder a freguesia. “Estou tentando equilibrar a situação. A farinha que comercializo vem de vários lugares, como Bragança e Irituia. Aqui na feira vendemos o litro, tenho de vários valores. O bom é que os fregueses conhecem a qualidade da nossa farinha e não param de comprar.”

Segundo ela, isso tem ocorrido porque a mandioca está em falta no mercado. “Toda a semana está tendo reajuste no valor das sacas de farinha, está faltando mandioca, não tem para os produtores e isso faz aumentar o preço”, encerrou.

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