Desde a última quinta (28) até 31 de julho de 2022, a Universidade Federal do Pará (UFPA) será território do 10º Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa).
No dia de abertura do evento aconteceu a tradicional marcha dos movimentos de mulheres, quilombolas, ribeirinhos, povos originários, entre outros.
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A marcha levou milhares de pessoas às ruas de Belém em defesa da vida e do meio ambiente. A concentração ocorreu às 15h na Escadinha da Estação das Docas, com saída às 18h. O cortejo seguiu pela Avenida Presidente Vargas e Assis de Vasconcelos, até a praça Waldemar Henrique.
O encontro reúne lideranças indígenas, ribeirinhas, camponesas e urbanas a nível, local, regional e internacional, com a previsão de desenvolver mais de 260 atividades, entre rodas de conversa, atos em homenagem aos mártires da Amazônia e manifestações contra o fascismo, o autoritarismo, o fundamentalismo e o ecocídio.
Com expectativa de reunir mais de cinco mil pessoas, o evento denuncia a emergência climática global e o avanço da destruição na Amazônia e no Pantanal.
REDE DE ARTICULAÇÃO
O coordenador da ONG Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase) na Amazônia, Guilherme Carvalho, aponta que para além de um evento, o Fórum é uma rede de articulação de movimentos sociais, entidades e pastorais em defesa de pautas em comuns, como o enfrentamento do crime organizado, a preservação da natureza e a defesa dos direitos dos povos indígenas.
“A ideia é que a gente possa unificar forças para a defesa dessa agenda. Esse é o momento que essas comunidades e organizações têm a possibilidade de se fazer vista e ouvida, trazendo suas pautas, suas experiências de vida e suas reivindicações”, explica.
SOLUÇÕES
O membro do comitê organizador do Fospa, Luiz Arnaldo Campos, que é coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura de Belém, informou que as atividades da programação do Fospa envolvem diversas lideranças da Amazônia e vão culminar na apresentação de propostas para solucionar problemas da região.
“Para a cidade de Belém é algo fantástico, porque ela se consolida como sendo a capital das resistências e pan-amazônica. Belém, durante esses dias, vai ser a capital da Amazônia que estamos construindo juntamente com os povos dos outros oito países que compõem a bacia Amazônica”, afirma.
Mariane Motta, membro da Central de Movimentos Populares (CMP), relata sobre a série de problemáticas que o estado de Rondônia está passando.
“Rondônia é uma situação que é bem específica. Além do Governo ser extremamente conservador, também é um estado que é pautado no agronegócio. O agronegócio é como se fosse a principal economia do Estado. Acabam desmatando, poluindo, contaminando, desapropriando famílias que estão tradicionalmente nesses territórios como os extrativistas, as comunidades tradicionais centenárias e os povos indígenas”, pontua.
“O Fospa é muito importante para a gente, eu vejo que acima de tudo é um fortalecimento da nossa resistência e a nossa continuação da luta. Porque nesses quase três anos de pandemia tivemos esse tempo que não podemos nos reunir pessoalmente e, agora, a gente tem aquele sentimento de se reconectar e de se fortalecer. Então esse contato com nossos companheiros de lutas e lideranças é muito importante, dessa forma ficamos conhecendo a realidade, trocamos experiências e somamos também as nossas articulações e movimentações”, expõe.
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