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Pará sairá do período chuvoso para o quente e seco em junho

Aumento da temperatura média no estado já é sentida pelos paraenses e favorece quem vende bebidas.

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Imagem ilustrativa da notícia Pará sairá do período chuvoso para o quente e seco em junho camera Chuvas serão vistas com menos frequência a partir de junho no Pará | Reprodução

Junho chegou com manhãs mais claras e ensolaradas, e o belenense já está sentindo um aumento na temperatura. De fato, a temperatura máxima subiu pelo menos 1°C na Região Metropolitana de Belém (RMB), neste mês, em comparação a maio deste ano. E a tendência é aumentar gradativamente em consequência da radiação que chega à superfície da terra, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet-Pará).

As temperaturas máximas estão oscilando entre 33°C e 34°C, no período entre 11h30 até 15h. Mas, em alguns dias, devido ao forte aquecimento, podem ultrapassar os 34°C. Já as mínimas estão variando entre 22°C e 24°C, entre 4h e 6h30 da manhã.

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“Podemos afirmar que o período chuvoso terminou e que junho está sendo um mês de transição do período chuvoso para o seco. A previsão é de céu parcialmente nublado a claro pela manhã. A partir das 10h se formam nuvens em áreas isoladas, que permanecem até por volta de 15h, devido ao aquecimento da superfície. A partir de 16h, a previsão é de que evolua para nublado com períodos encobertos e pancadas de chuvas, que alguns dias podem ser de forte intensidade. A maioria das chuvas é de curta duração”, explicou o meteorologista e coordenador do Inmet, José Raimundo Abreu.

CHUVAS

A média histórica de chuvas, calculada para maio nos últimos 30 anos, é de 323.5 milímetros, equivalente a 323.5 litros de chuvas para cada metro quadrado da região. Mas, o volume observado este ano ultrapassou essa média em 20%. Para junho, a média é de 205 milímetros. Porém, o índice pluviométrico também deve ficar 20% acima da média. Mesmo assim, será um volume inferior comparado a maio.

Alguns fenômenos climáticos contribuem para a formação das pancadas de chuvas. Segundo Abreu, devido ao aquecimento, às altas temperaturas e a umidade do ar, ocorre a evaporação. “Existem outros agravantes que são os fenômenos de brisas marítimas, com a entrada da umidade do oceano, distúrbios nas ondas de leste e de noite tem a brisa terrestre. (Os fenômenos) intensificam as chuvas. As brisas e as linhas de instabilidade normalmente se formam após 16h”, frisou.

LA NIÑA

O meteorologista ressaltou que o clima da região ainda está sob a influência do fenômeno La Niña. Embora esteja mais fraco, segue intensificando as chuvas. A previsão é de que o fenômeno termine entre julho e agosto. E o período mais seco do ano iniciará a partir de setembro até novembro. “Na RMB, parte litorânea e nordeste do Pará ainda vão ocorrer pancadas de chuvas, porém com menor intensidade. Não será como foi em maio, mesmo assim vai superar a média. O Sul e o Sudeste do Pará vão apresentar um período seco, com índices pluviométricos inferiores a 50 milímetros. As temperaturas podem chegar a 36°C e as mínimas ficarão entre 20°C e 22°C, em cidades como Xinguara, São Félix do Xingu, Conceição do Araguaia, Redenção, Marabá e todos os municípios nos arreadores”, informou o coordenador do Inmet.

VENDAS

Para quem trabalha com vendas de bebidas, a diminuição das chuvas é um alento, uma vez que há uma tendência de aumento nas vendas. É o que confirma a vendedora de guaraná Waldenise Teixeira, 49. “As vendas melhoraram essa semana, graças a Deus. Maio choveu bastante e as chuvas atrapalham. A gente vende mais ainda à noite. Você vem aqui e a praça está tomada. Temos uma clientela fiel”, celebrou.

O vendedor de água de coco Rosinaldo Pantoja, 27, também festeja a chegada desse período mais ensolarado. “As vendas não foram muito boas em maio por causa da chuva. De manhã está sendo melhor, mas, quando chove, à tardinha, para o movimento. Estamos vendendo entre 50 a 70 cocos por dia”, declarou.

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